segunda-feira, 31 de julho de 2023

Castanheira

O passeio de motas 50cc na passagem por Vila Mendo


 

quinta-feira, 27 de julho de 2023

segunda-feira, 24 de julho de 2023

quinta-feira, 20 de julho de 2023

segunda-feira, 17 de julho de 2023

sexta-feira, 14 de julho de 2023

o Homem e a Verdade

(Publicado originariamente no jornal A Guarda na edição do dia 6 de Julho)

Estamos num tempo em que as sociedades se caracterizam por um excesso de comunicação, de presença e até de expressão; paradoxalmente estes excessos restringem a nossa liberdade (convictos nós do contrário): porque embebidos e embrenhados numa espécie de estridência-existencial em que de tudo queremos saber, em tudo aparecer, de tudo opinar- que não se satisfaz, e muito menos se apraz em descortinar, reflectir e só depois proferir. Este estado de permanente aceleramento emocionaliza-nos e assim ficamos mais susceptíveis a sermos altamente manipulados e enviesados, controlados e vigiados pelas esferas e estruturas do poder (político, económico…) e sem que nos apercebamos ficamos cegos da razão, da sensibilidade (logo da humanidade), da verdade como tal.
De facto, nesta cegueira não existe liberdade; existe (pelo acesso e arquivo dos nossos dados) previsão de comportamentos e respectivo condicionamento ao nível do subconsciente; como que uma liberdade-pavloviana...
Com a liberdade limitada, a verdade torna-se relativa e, por inerência ou consequência (ou até antecedência), a realidade deixa de ser… real: não importa muito o que aconteceu de facto, o que fizemos de facto; importa o que se diz e o que dizemos sobre esse facto. Criam-se assim narrativas dentro da narrativa que desvirtuam a verdade, uma vez que deixa de ser feita qualquer tentativa para a ver como qualidade objectiva. A nossa experiência, baseada num relativismo assoberbado, em referentes e pontos de vista (do real) díspares e contraditórios (como nós próprios), tornam-na complexa (e nunca completa), fragmentada (e nunca unitária) e não menos ilusória. Assim, a mudança ocorrida (e a ocorrer) na nossa experiência afecta profundamente a realidade e a sua percepção, a verdade e a sua dignificação.
Como sociedade, ficamos num mundo de inúmeras aparências, de múltiplos pareceres e dizeres e com isso extremamente divididos, entrincheirados em crenças, em conhecimento pouco fiável, em ideologias e utopias que conduzem a verdades ficcionadas ou a ficções verdadeiras que actuam em diversos níveis (principalmente na linguagem e comunicação) e que influenciam toda a vida contemporânea, uma vez que os factos objectivos contam menos que a emoção e a crença que se tem à partida (e à chegada) sobre eles.
Como indivíduos, a verdade e sua constante (e inconstante) procura é algo custoso, exige uma… exigente honestidade, uma profunda sinceridade, um profuso e contínuo esforço reflexivo para distinguir a boa-fé da má-fé das nossas acções e das nossas justificações. Árduo trabalho intelectual e moral. Sermos verdadeiros connosco mesmos não é coisa pouca, pois é recorrente mentirmos a nós próprios, fazendo uma passagem quase que imperceptível para o autoengano, e fazemo-lo quase que naturalmente: quem mente em boa-fé mente melhor e é mais convincente. Quando negamos a evidência de algo e quando rejeitamos a sinceridade reflexiva sobre ela, negamos a sua existência e a realidade do acontecido expurgando a recordação dura e dolorosa que nos faz sofrer e que queremos combater, impiedosamente. Torna-se uma negação útil, uma realidade alterada e distorcida, portanto falseada. Ainda que seja difícil negar que se fez uma dada acção visível aos demais, é muito simples modificar as motivações, as emoções que nos levaram a praticá-la. Assim o lembrado, quase que silenciosamente, passa a deslembrado e o (ainda) recordado, desvirtuado.
O Homem e a Verdade. Tão próximos! Tão distantes!! Na caminhada da Vida; labiríntica.

quarta-feira, 12 de julho de 2023

segunda-feira, 10 de julho de 2023

Gentes de Cá

Catarina; Júlio; César; Luís Filipe; Telmo

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Aurora

(fotografia de Júlio Pissarra)
desponta o dia. num eterno ciclo de princípio e fim. como a Vida. como Nós.

 

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Homenagem

Homenagem do José Eduardo ao seu pai (José Domingos) e às contínuas gerações de Vilamendenses. Obrigado.

"Vilamendenses:
Pelo meu falecido pai e por mim, não pude deixar de pedir ao Luís Filipe que postasse no blogue de Vila Mendo uma mensagem de agradecimento a todos os que nos acompanharam neste fim de semana.
Órfão de pai e mãe desde tenra idade (12/13 anos) cedo se fez homem para o trabalho e para a vida imbuído de princípios e valores éticos e cristãos, até então transmitidos pelos seus pais e daí em diante pelos irmãos mais velhos, também eles muito novos, e adultos da família alargada e da comunidade vilamendense.
Não vou regatear predicados, virtudes ou defeitos, pois que não sou julgador de tais causas, e jamais o faria por ser meu pai.
No que me diz respeito: “Foi um excelente pai”.
E no que vos diz respeito, a vós e aos vossos antepassados que com ele conviveram e que o antecederam na viagem que agora iniciou, assevero-vos que era uma pessoa grata.
Se, nas palavras do pensador Francisco José Gregório de Andrade é: “[O] pior defeito do ser humano é não reconhecer quem o ajudou. A ingratidão maltrata, ofende e torna a pessoa sem sentimento e sem amor pelo próximo”, o meu pai era uma pessoa muito, muito grata.
Habituei-me desde tenra idade a ouvir da sua boca a expressão “devemos muitos favores a este ou àquele”, seja pela prática de simples factos como uma ajuda em trabalhos agrícolas, permissão de passagem a pé, com animais, alfaias e outros bens em terrenos, conserto de uma alfaia agrícola, de um eletrodoméstico, por uma “boleia” no caminho de Vila Fernando ou por uma mão amiga que o ajudou a levantar quando prostrado por terra e as forças e a saúde já não lhe permitiam que se levantasse por si só, mas também pelas intenções de quem se prontificava a ajudá-lo com manifestações de vontade de alguns de vós ou dos vossos antepassados, como:
“Oh t’Zé Domingos! Se precisar de alguma coisa, é só dizer!”, ou
“Zé Eduardo, se quiseres estudar e o teu pai não puder pagar os estudos, diz-lhe que eu os pagarei”.
É esse sentido de gratidão que o meu pai tinha por vós e/ou pelos vossos antepassados, e em cujo dever nos englobava atento o pronome pessoal utilizado, que eu aqui quero reafirmar e expressar a todos os nos presentearam com a sua presença e/ou sábias e reconfortantes palavras de carinho e conforto que nos endereçaram.
Na vossa presença, no vosso abraço, com ou sem palavras, revi os vossos antepassados que já partiram e a todos presto tributo pelo apoio abnegado e amizade que em vida concederam ao meu pai.
A todos estamos muito gratos.
A todos o nosso bem-haja.
A Deus a gratidão de ter concedido a graça de beneficiarmos da relação filioparental física, que a outra é eterna, até perfazer os seus 98 anos de idade."
José Eduardo

sábado, 1 de julho de 2023

Coisas da Vida


Aos filhos Joaquina, Tó, Manuel, Ismael, Zé Eduardo, Guida, à esposa Sra. Adoração, netos, sobrinhos e restantes familiares os nossos pêsames. 
Mais conhecido por Zé Domingos, era um  homem sereno, pacato, amigo, avesso a questiúnculas e dotado de um humor fino; deixará saudades.
Em poucos dias, duas pessoas de Vila Mendo morreram e com isso ficámos mais pobres...