segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Entrevista a António Oliveira

António Oliveira, nasceu em Vila Nova de Tazem, Concelho de Gouveia, em 1947.
Estudou na Escola Industrial de Gouveia, na Escola Industrial Infante D. Henrique no Porto e no Instituto Industrial do Porto.
Fez a Guerra Colonial em Moçambique.
Entrou para a Renault da Guarda em Fevereiro de 1974, transitando depois para a Reicab/Delphi até atingir a idade da reforma.
É administrador do blogue "Sol da Guarda", um blogue bastante seguido e visitado pela sua acutilância e intervenção cívica.

Como analisa a situação da Guarda no presente (e em comparação com os últimos 30 anos) nos aspectos económico, social e político?
A Guarda, cidade, era até aos anos 60/70 uma cidade no alto do monte, muito concentrada no seu centro histórico.
Era uma cidade de muitos serviços e alguma indústria, sobretudo nos têxteis. A instalação da Renault e da Femsa na Guarda trazendo investimento importante e novos quadros técnicos, fez com qua a Guarda desse o seu primeiro grande salto.
No pós 25 de Abril a Guarda começa a modernizar-se, nem sempre bem, pois cresce de forma desordenada, sem um plano director claro, que só mais tarde veio a ser feito e por imposição do governo central.
A indústria automóvel cresce de forma exponencial e as fábricas da Guarda acompanham o crescimento, que infelizmente não é acompanhado pelos investidores locais, pois não apareceram indústrias complementares de apoio à indústria automóvel, e era preciso comprar fora sobretudo a metalurgia.
Nos anos 80 uma parte importante do tecido industrial da Guarda, que eram os têxteis, entra em declínio e não sabendo modernizar-se, nem ser competitivo, vai encerrando aos poucos.
A indústria automóvel, e outras nomeadamente a Gelgurt, vão assegurando e aumentando o número de empregos.
Acompanhando este ritmo, o sector de serviços instala-se. Funcionários públicos e privados. Os bancos, o hospital, a câmara, a segurança social entre outros dão vida à cidade.
Até às crises que se foram sucedendo durante este século XXI
E como vão as aldeias e a sua população? Nos anos 70,Sem estradas alcatroadas, sem água, sem esgotos e muitas sem electricidade, vão conhecer uma grande melhoria nas suas condições de vida. É a grande revolução rural. Mas com a oferta de emprego na cidade as populações deixam as aldeias e instalam-se na cidade e aí começa o despovoamento.
Actualmente a cidade continua a viver as consequências das indústrias de mão-de-obra barata e intensiva, que se deslocalizaram para países mais baratos. O que restou está com pujança suficiente para se manter e quase se pode afirmar que estamos ao nível dos anos 80.
A envelhecer e sem a criação de novos empregos, a PLIE continua estagnada, a Guarda perde habitantes por duas vias. Pela via da morte dos mais velhos e pela saída dos mais novos, quer para o litoral quer, para o estrangeiro.
Politicamente a Guarda pode ter sofrido com o facto de ter um partido dominante e uma oposição quase sempre distante e fraca.
Há quatro anos, com a falta de liderança, o Partido Socialista perdeu o poder para o Partido Social Democrata e pensava-se que a Guarda poderia ter um novo folgo de progresso.
No entanto, o novo Presidente, sem uma estratégia clara de desenvolvimento, vai-se gastando em pequenas obras de arranjos pontuais e em festas para as multidões.
E é sobretudo no Centro Histórico que se verifica a falta de estratégia, pois o abandono é cada vez maior e a degradação aumenta.
As aldeias, mesmo com a melhoria substancial das condições de vida, continua a despovoar-se e neste momento a Guarda, cidade, só está a ganhar população à custa das aldeias do concelho, quando antes ganhava o concelho à custa dos concelhos vizinhos.

Que projecto(s) são indispensáveis para que a Guarda seja uma cidade atractiva, pujante, liderante?
Esta é uma pergunta difícil e não há respostas óbvias.
Alindar a cidade é importante mas é insuficiente. As festas são importantes, no entanto são festas que basicamente atraem as populações do concelho e muito poucos de fora.
O emprego na indústria ainda é insuficiente, mas a Guarda não tem mão-de-obra qualificada para responder às necessidades.
O turismo é de passagem e não temos programas que possam atrair o turista por mais de um dia.
A PLIE está adiada, como foi dito, e a futura plataforma ferroviária será mais um mito. Os comboios de mercadorias passarão pela Guarda porque aqui não se fabrica nada que possa ser carregado e descarregado dos contentores ou vagões.
A dita produção endógena não sustenta o concelho e é visível na Feira Farta a boa vontade das Juntas de Freguesia para apresentarem os seus produtos e que a maior parte deles apenas são feitos para a ocasião.
Na minha opinião o motor deveria centrar-se no Instituto Politécnico, com a investigação, com cursos diferenciadores, com ligações à indústria portuguesa e não só à Guarda.
Para complementar o investimento nas indústrias culturais e criativas poderia ser outra saída, agora muito apoiadas pela Europa.
A Comunidade Intermunicipal ainda não encontrou o seu lugar e é uma mera plataforma para concorrerem aos recursos da Comunidade Europeia com disputas político-partidárias apenas pelo poder.
Se tudo continuas assim, o interior deixa de ter futuro e não chega pedir de joelhos ao poder central que atribua umas migalhas ao interior.

Estamos a entrar (ou já entrámos) em campanha eleitoral. Como vê toda esta azáfama que começa a marcar o dia-a-dia da nossa cidade?
A azáfama eleitoral começa sempre muitos meses antes da pré-campanha para quem está no poder. Os meios colocados no terreno são imensos. Desde a TV corporate em todos os locais camarários, até às redes sociais, a campanha começa muito antes.
Quem está na oposição normalmente acorda tarde e anda atrás dos acontecimentos e é por isso que quase nada se vê, tirando os placards espalhados pelas rotundas.
Não há debates, não há apresentação de programas.
Só a feitura das listas animou a cidade, mais pela curiosidade de saber quem vai e quem não foi do que por resultado de discussão pública.
A Comunicação Social local está a passar ao lado disto pelos muitos condicionalismos e que podem pôr em causa a sua sobrevivência.

É administrador do blogue “Sol da Guarda” (blogue bastante visitado e seguido) onde está atento à actualidade da nossa terra. Como vê a influência da blogosfera (e das redes sociais) comparativamente com o jornalismo “tradicional” (jornais e rádios, no caso da Guarda)?
A Comunicação Social da Guarda tem alguns constrangimentos, ligações familiares, falta de anúncios, pressões de retirar apoios, há um pouco de tudo.
As redes sociais estão muitos activas e muitas vezes pelos piores motivos.
Criam-se blogues e páginas com perfis falsos e criam-se também exclusivamente para estas alturas, para criticar, para elogiar e para insultar. Há um pouco de tudo. É preciso criar muitos filtros para compreender o que nos querem dizer e quem o diz.
Dar a cara continua a ser muito difícil.
É o futuro das campanhas, casa a casa, computador a computador. É por isso também que as bases de dados de utilizadores são pagas a preço do ouro.

É natural de uma comunidade rural (Vila Nova de Tazem). Como vislumbra o futuro das comunidades rurais e do próprio interior como tal?
A comunidade rural onde me criei tem muitas particularidades.
Já foi a Freguesia, agora Vila, rural mais importante do Distrito da Guarda. Agora está a morrer, até a escola básica vai desaparecer. Já teve mais de 3 mil residentes agora não terá mil.
Sempre viveu do vinho, das batatas e da imigração. Para os chamados Congo Belga e Francês, Para a Angola, Para a Venezuela e mais tarde para a França e Alemanha. Mais recentes Estados Unidos e Suíça. E assim viveu à sombra dos imigrantes que regressavam sempre. Agora é uma desolação de tantas casas abandonadas.
As batatas só para consumo doméstico. O vinho está bem, quer na adega cooperativa, quer nas quintas particulares, que produzem vinho de grande qualidade. Ultimamente até Joe Berardo lá comprou uma vinha.
Será o futuro?

Que lhe diz Vila Mendo?
Vila Mendo não me diz muito. Sei que pertence à Freguesia de Vila Fernando. É uma terra onde se vai, não se passa. Fui lá algumas vezes, há uns anos, pois havia aí uma modista de senhoras que trabalhava muito bem.
Creio que durante o meu percurso profissional lidei com pessoas de Vila Mendo.
Sei pelo blogue, que acompanho, que a Associação Cultural Recreativa de Vila Mendo, é muito dinâmica e tenta valorizar as suas gentes e a terra.
E ainda, que tem uma fonte com água muito boa, a melhor, disseram, no blogue.

(Muito tempo de vida para o Blogue e para a Associação. Para Vila Mendo que continue a sobreviver com a festa do Chichorro, apesar de fazer muito mal.)

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Agradecimento dos Mordomos da Festa

Queremos aproveitar para agradecer todo o apoio imprescindível e indispensável dado pela Associação Cultural e Recreativa de Vila Mendo à realização de mais esta Festa.
Não fora todo o trabalho já feito e o património que tem vindo a ser gerido e constantemente melhorado e a Festa seria bem mais difícil para os mordomos.
Aproveitamos ainda para agradecer a todas as pessoas que nos ajudaram antes, durante e após a Festa.
Mostrámos mais uma vez que somos uma aldeia dinâmica e capaz de atrair. Que seja assim por muitos e longos anos!
                                         Os Mordomos: Tiago Gonçalves e Zé Manuel

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Festa

   Solteiros/Casados
   Rancho do Centro Cultural da Guarda
    Noite de Domingo

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Entrevista a Bruno Pina- candidato à junta de Vila Fernando pelo PSD

Bruno Pina- natural de Vila Fernando, nasceu em 1981/03/05. Frequentou a Escola Primária de Vila Fernando, o Seminário do Fundão e o Liceu da Guarda. Especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria na ULS Guarda no serviço de Pediatria e Neonatologia. Pai da Benedita Pina. Fundador do Clube dos Amigos da Freguesia de Vila Fernando. Cofundador do Grupo de Teatro o Noéme da Freguesia de Vila Fernando. Fundador o Jornal da Freguesia de Vila Fernando “ SeteVozes”.

Concorres a um terceiro mandato. O que te leva a tal?

Escolhemos recandidatarmo-nos à nossa Freguesia, não porque considerarmos que somos imprescindíveis, mas porque queremos continuar a participar nas decisões que moldam o nosso futuro. Queremos continuar a participar porque temos vontade e porque conhecemos os caminhos a percorrer para conseguir o que a nossa terra necessita nesta época onde os recursos financeiros são escassos. Será com o maior empenho, dedicação e trabalho que continuaremos a levar a cabo a nossa missão. Continuaremos a defender os interesses da nossa Freguesia e fortalecer a relação de interajuda entre o Município da Guarda e a nossa Freguesia que se verificou nestes quatro anos que passaram!

Algo que gostasses de ter feito e não pudeste?
Fica sempre a sensação de que não se fez tudo pois estamos a falar de uma Freguesia dispersa geograficamente e ainda com necessidades importantes para satisfazer.
A ampliação do cemitério da nossa Freguesia bem como a requalificação da estrada de Vila Mendo – Vila Fernando são duas obras que já gostaríamos de ter concluído. No entanto estou em condições de vos informar que relativamente ao cemitério as obras de ampliação irão iniciar nas próximas duas semanas. 
Já no que toca à pavimentação da estrada de ligação Vila Mendo – Vila Fernando irá ser uma realidade aquando do termino dos trabalhos de instalação do saneamento em Vila Mendo. Está decorrer o concurso publico pelo que em meados de setembro irá decorrer essa intervenção e respetiva pavimentação da estrada bem como as ruas intervencionadas.

Como definirias o mandato que está a findar? 

Foi um mandato que superou as nossas expectativas! Fruto da Excelente relação entre a Junta de Freguesia de Vila Fernando e o Município da Guarda.
Assim e em parceria com o Município da Guarda colocamos água bem como saneamento em diversas anexas que esperavam há cerca de 30 anos por estes dois serviços básicos.
No decorrer dessas intervenções pavimentamos ruas e estradas que se encontravam degradadas.

Que expectativas tens para a freguesia nos próximos 4 anos?

A responsabilidade deste cargo implica identificar necessidades e planear a respetiva concretização. São diversas e todas têm a sua importância. Temos de estabelecer prioridades, temos e continuaremos a ter a ajuda preciosa do Município da Guarda na pessoa do Drº Álvaro Amaro e restante equipa. Encontramo-nos atualmente a trabalhar no projeto dos próximos 4 anos que certamente serão tão desafiadores como os que estão prestes a findar.
Dirigirmos os destinos da nossa freguesia hà cerca de 8 anos, sabemos o caminho a percorrer para satisfazer as necessidades da nossa Freguesia e isso implica sermos responsáveis nos compromissos a realizar. 

Qual a constituição da tua equipa da tua equipa ( 7 primeiros lugares )? Como definirias essa equipa?
Será com maior empenho, dedicação e trabalho que continuaremos a levar a defender os interesses da nossa Freguesia. 
Bruno Pina - Vila Fernando;  Maria do Carmo – Vila Mendo ; Albertino – Quinta de Baixo; Luís Nunes – Quinta de Cima; Carlos Moreira - Aldeia de Santa Madalena; Casimiro – Quinta de Baixo; Carlos Simões – Quinta de Cima; Pedro Carvalho – Vila Fernando; José Corte Gonçalves – Vila Mendo; Carlos Nunes – Vila Fernando; Hélder Pires – Vila Fernando; Rodrigo Costa – Vila Mendo; Raquel Crespo – Monte Carreto; António Santos – Quinta de Baixo; Mário Carvalho - Vila Fernando; Manuel Joaquim – Quinta de Baixo; Tiago Robalo – Vila Fernando/Monte Carreto; Pedro Vaz – Vila Fernando; Lucinda Reis – Vila Fernando 

Um(s) projecto(s) para os próximos 4 anos?

- Requalificação do recinto das festas em Vila Fernando (repavimentação do recinto, construção de casas de banho públicas e bar de apoio); - Continuação da ampliação do cemitério da sede de Freguesia; - Arborização da zona do mercado e implementação de um parque de merendas; - Limpeza de caminhos agrícolas (ligação entre anexas e sede de freguesia) - Apoio às Associações locais
Quinta de Baixo: - Conclusão da pavimentação da Rua de Vila Fernando; - Conclusão da pavimentação das ruas em falta
Quinta do Meio: - Pavimentação das ruas; - Implementação de WIFI 
Quinta de Cima: - Conclusão da rede de saneamento; - Pavimentação das ruas da Quinta de Cima após conclusão da rede de saneamento
Monte Carreto: - Colocação da rede de abastecimento de água; - Pavimentação das Ruas
Vila Mendo: - Conclusão da rede de saneamento; - Conclusão da pavimentação das ruas de Vila Mendo após conclusão da rede de saneamento: - Pavimentação da estrada: Vila Mendo–Vila Fernando
Aldeia de Santa Madalena: - Conclusão da pavimentação de ruas 

Rio Noéme. O que tencionas fazer para que a sua despoluição seja uma realidade rápida?

É publico que está em fase de projeto e será anunciado em breve pelo Município da Guarda a estratégia para se proceder a essa despoluição. 
Esse projeto não dará resposta apenas e só à despoluição do rio Nóeme e Rio Diz mas dará respostas em termos de regeneração de todas as freguesias que usufruem do rio Noéme.
Para a nossa freguesia o referido prevê dois projetos estruturantes. 

Que te diz Vila Mendo?

Vila Mendo é a terra natal da minha bisavô materna. É uma terra de gente que sente Vila Mendo como só os próprios conseguem transmitir quando vos visitamos. Sempre desafiadora para mim enquanto Presidente, pois querem sempre mais e mais!
Vila Mendo é a melhor definição de associativismo. É o paradigma da união popular pela preservação da memória cultural, no que toca às tradições e costumes de Vila Mendo. 







sábado, 19 de agosto de 2017

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Entrevista a Patrícia Seixo- Candidata à Junta de Vila Fernando pelo PS

Patrícia Seixo, 30 Anos, natural da freguesia de Vila Fernando. Licenciada em Animação Cultural pela Escola Superior de Educação de Castelo Branco. Casada, trabalha actualmente como animadora cultural no Centro Social e Paroquial Nossa Senhora da Conceição – Castanheira.

Que motivo(s) te levaram a concorrer à Junta de Freguesia?
Quem me conhece sabe que desde tenra idade falo em candidatar-me à Junta de Freguesia de Vila Fernando, pois sempre tive este sonho e esta ambição, acompanhados de uma enorme vontade em querer fazer progressos em Vila Fernando. Sou uma apaixonada pela minha terra. Desde sempre, afirmo afincadamente, não quis viver em outro lugar que não seja em Vila Fernando. Tive mesmo a experiência de viver dois anos em Lisboa e confesso que nunca fui tão infeliz, pois a saudade das minhas raízes falou mais alto. O facto de gostar muito da minha terra e a vontade de querer servir a comunidade de forma proativa, são os principais motivos que me levam a concorrer à Junta de Freguesia, uma vez que ficar sentados a criticar os nossos governantes e políticos nunca será suficiente para alcançarmos o desenvolvimento. Não sou apenas candidata à presidência, mas, principalmente, integro uma equipa que quer trabalhar como um todo para melhorar a Freguesia de Vila Fernando.

Quem são as pessoas que lideras (sete primeiros lugares)? Como definirias a tua equipa?
A minha equipa é formada por pessoas jovens e dinâmicas capazes de fazer mais e melhor na freguesia de Vila Fernando. A Sónia Fernandes (Vila Fernando) faz parte da equipa em segundo lugar. Apesar de sempre envolvida nas atividades da terra, é alguém que eu conhecia, mas com quem não mantinha contacto frequente. Acerca de dois anos que trabalhamos no mesmo local e neste entretanto voluntariámo-nos para a mordomia de Nossa Senhora das Dores e surgiu uma bela e coesa amizade, descobrindo que temos várias coisas em comum: gostamos de trabalhar em função da freguesia; persistência para alcançarmos os nossos objetivos; a organização, honestidade e transparência, são alguns dos fatores pelos quais quisemos constituir esta equipa e assumir este desafio. Logo de seguida, o Henrique Simões (Quinta de Cima) é o homem que faltava ao trio. É um jovem trabalhador, dinâmico que também sente a mesma paixão e determinação no progresso e desenvolvimento da freguesia. Segue-se o Élio Alves (Vila Mendo) um jovem licenciado em Engenharia Civil, o Emanuel Carreira (Quinta de Baixo) licenciado em Agronomia e Mestre em Engenharia Zootécnica pela Universidade de Évora, o Tiago Preizal (Vila Fernando-Estação) futuro farmacêutico e o Abílio Moutinho (Aldeia de Santa Madalena) que embora não sendo natural da freguesia, adotou-a para residência da sua família. Desde o primeiro momento que estes elementos da equipa, e os restantes, aceitaram o desafio, pois o objetivo que nos move é zelar pelo melhor para a Freguesia de Vila Fernando. Acredito que com esta equipa poderão ser dadas respostas às necessidades da nossa terra.

Por certo já começaste a ter os primeiros contactos com as pessoas. Como vêem a tua candidatura?
Sim, antes mesmo de me candidatar já fui perguntando a opinião de algumas pessoas mais próximas relativamente à minha candidatura à Junta de Freguesia de Vila Fernando que, de imediato, me incentivaram a fazê-lo. As pessoas que me conhecem sabem bem a vontade que sempre me moveu em fazer mais e melhor pela nossa terra e, ao mesmo tempo, desenvolver projetos de proximidade na nossa freguesia, pois é uma realidade inerente à minha profissão.

O facto de seres mulher, achas que te ajuda a ter outra sensibilidade sobre as coisas e que isso te trará algum benefício eleitoral?
A nossa candidatura já foi apelidada de “A lista das mulheres”. Na verdade, somos apenas quatro mulheres numa lista de catorze pessoas. Não é o facto de ser mulher que me irá trazer algum benefício eleitoral, mas sim o facto de ser filha da terra e residente em Vila Fernando, o que me torna mais sensível às reais necessidades dos habitantes. Mais do que homens ou mulheres, o fundamental é sermos competentes, ativos e respeitarmo-nos mutuamente.

O que pensas que poderás fazer de diferente na freguesia? Que projectos tens em mente?
Primar pela diferença não será difícil. Como vivo aqui, sinto e vejo todos os dias o que faz falta. Por vezes, não são as grandes obras que fazem a diferença no dia-a-dia, em nós habitantes da freguesia. Coisas simples como por exemplo: a limpeza permanente das valetas, jardins, fontanários e ruas livres de lixo e acessíveis; o aumento do número de ecopontos; a proximidade com as pessoas e suas necessidades, são pontos que podem fazer a diferença no nosso quotidiano. Vou procurar ser interventiva e irei atrás do melhor para a nossa terra. Existem projetos de financiamento, aos quais nos podemos candidatar e, dessa forma, alcançar benefícios. É nossa prioridade que a população veja no edifício e no executivo da Junta de Freguesia de Vila Fernando um lugar e uma equipa onde podem encontrar resolução para os seus problemas e ansiedades. Procurarei incrementar projetos que envolvam a população mais idosa com o intuito de melhorar a sua qualidade de vida. Contudo, existem outros projetos, tais como: a requalificação de espaços esquecidos na freguesia (zona do mercado e recinto das festas); a criação de um espaço de lazer para crianças e pessoas idosas promotor da sua atividade física; a batalha pela despoluição do Rio Noéme; o saneamento em todos os lugares; entre outros projetos que iremos apresentar posteriormente. 

Rio Noéme. Enquanto presidente, o que tencionas fazer para que a despoluição seja uma realidade rápida?
Primeiro tenciono saber o ponto de situação em que se encontra o Rio Noéme, uma vez que essa informação não é do conhecimento público. A despoluição do Rio Noéme é um dos pontos-chave para nós. Na realidade não sou uma super heroína capaz de conseguir esse objetivo de um momento para o outro, visto que vários executivos já trabalham com vista à resolução desse problema e ainda não se alcançou nenhuma resolução. Contudo, é fundamental referir que irei trabalhar arduamente e com persistência para que, quem sabe, um dia possa voltar a tomar banho no nosso Rio Noéme, tal como os meus pais o fizeram e relembram com agrado.

A freguesia é constituída por sete aldeias. A tua lista reflecte um pouco dessa diversidade? De que forma poderá contribuir para uma maior união da freguesia?
“Pela união da freguesia!” é o nosso slogan de campanha e referência para trabalharmos. A população da Freguesia de Vila Fernando nunca foi muito unida, pelo facto de as aldeias anexas estarem afastadas geograficamente. Nós ambicionamos mudar esta realidade, daí a nossa lista ser constituída por elementos de todas as anexas e, dessa forma, estarmos mais próximos das reais necessidades. 

Como vês o associativismo em geral e na freguesia em particular?
Para mim o associativismo é “um instrumento de exercício da sociabilidade, e (…) é com ele que atuas como agente transformador da sociedade”(Tom Coelho). Será objetivo deste possível futuro executivo formalizar parcerias com apoio efetivo ao associativismo, pois é através das associações já existentes que são feitas as atividades lúdicas, recreativas e culturais. São elas, que promovem o convívio da comunidade local e municipal.

Queres deixar uma mensagem aos eleitores e aos que se interessam pela freguesia?
A todos os cidadãos, não se esqueçam de votar no dia 1 de outubro de 2017, independentemente da pessoa ou partido. É um dever de todos os cidadãos exercer o direito ao voto, pois vivemos num país democrático e temos livre arbítrio para escolher a pessoa em quem acreditamos ser capaz de promover/desenvolver a nossa terra. É fundamental que todos nós estejamos envolvidos no processo eleitoral.

Que te diz Vila Mendo?
Vila Mendo é detentor da associação mais proativa da freguesia que dinamiza diversas atividades que são fundamentais preservar. Dela, fazem parte pessoas jovens capazes de fazer mudança. É também com elas que contamos para o desenvolvimento dos nossos projetos e ambições, pois sabemos que todos juntos somos melhores e conseguimos fazer mais. Tal como preconizava o poeta “ o sonho comanda a vida, sempre que o homem sonha o mundo pula e avança” (António Gedeão in Pedra Filosofal).

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Caminhada- almoço




Entrevistas aos candidatos à Junta

Amanhã dia 16, a entrevista a Patrícia Santos candidata pelo PS à Junta. Dia 21, a entrevista a Bruno Pina candidato pelo PSD.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Casas caídas

 (fotografia de Henrique Nascimento)
Casas caídas... Histórias de pessoas com vida passada... histórias de pedras soçobradas, mortas pela ausência presente de quem lhes dê a "anima" vital...

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Entrevista aos candidatos à junta de freguesia de Vila Fernando

Brevemente, daremos a conhecer as ideias e os projectos dos dois candidatos à junta: Bruno Pina, actual presidente e candidato pelo PSD e Patrícia Santos candidata pelo PS.

sábado, 5 de agosto de 2017

Momentos

 As relações (profícuas) urdem-se nas teias dos pequenos momentos, dos pequenos nadas que constituem o todo das nossas vivências, da nossa existência como tal...

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Festa de Santo André

A mordomia é constituída pelo Tiago Gonçalves e pelo Zé Manuel.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Sugestão de leitura- entrevista de Eduardo Lourenço no Público

Vale a pena ler a pequena entrevista de Eduardo Lourenço no Público de ontem. Genialmente simples...