sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Gentes de Cá

Cristina; Sr. Alfredo; Sra. Helena; Jéssica; Rodrigo; Samuel; Hélder; Cláudia

 

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Reditos

Em Portugal houve uma enorme distância que separou a cultura popular da cultura de elite- José Gil

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Gentes de Cá

Mauro; Tó; Pereira; Ricardo; Rafael; Gabriel

 

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Reditos

As coisas da natureza estão cheias de silêncio; estão ali como reservatórios cheios de silêncio- Max Picard

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Sugestão de leitura

O Silêncio, mais do que mera ausência de ruído... Visto como valor filosófico e visto na sua dimensão educativa...

terça-feira, 19 de agosto de 2025

sábado, 16 de agosto de 2025

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Reditos

O silêncio é a conquista suprema da linguagem e da consciência- Jean-Marie Le Clézio 

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

o gostar de não gostar (de odiar?)

(Publicado originariamente na edição do Jornal A Guarda do dia 31 de Julho)

A condição humana remete o Homem (recorrentemente) para o conflito… com os outros; com ele mesmo. E uma tristeza advém ao pensamento e apodera-se dele, e por ele se cometem as maiores atrocidades (as maiores virtudes, também). Esse pensamento que fica preso e represo em ruminações, remoendo a realidade; tantas vezes a irrealidade.
Um dispêndio de energia que nos esgota e não dá resposta às nossas conjecturas de conjecturas mais. Mas ainda assim, fatigados com esses pequenos e inúteis pensamentos, gostamos de não gostar de alguém. E se frequentemente esse não gostar se queda por meros pensares, outras vezes fazemos questão de o demonstrar através de palavras e acções e omissões.
O que é facto (senão porque seria?) obtemos um certo prazer de pensar, dizer ou fazer mal a alguém. Algo que está cá dentro, e como que um tormento não o conseguimos debelar completamente (conseguimos?), esse pulsar- latente- de ódio, até. No fundo, gostamos de fazer o mal, ou pelo menos um certo mal (seja lá o que isso for); censuramos o próximo, ciosos de o vigiar e inquisitorialmente questionamos os motivos dele e de todos os próximos (raramente os nossos).
Talvez busquemos motivos (fúteis e inúteis), razões de queixa e queixumes, todas as fontes de insatisfação, até sobre os amigos: para nos afastarmos deles, para nos justificarmos a nós próprios que (já) não os apreciamos e pouco queremos a sua companhia. Exemplos mais seriam incontáveis.
A repetição, o enfado, a rejeição tomam conta de nós a cada passo, e cercam-nos e cerceiam- nos ficando como que aprisionados nos pensamentos-acções que destilam indiferença (que se faz presença, notada) do outro.
Comunitariamente, o ódio lança sociedades contra sociedades, países contra países numa deriva autodestrutiva cujo fim se depreende e cuja finalidade se não entende. De facto, desfiando, e por tal deslindando, a teia da vida humana nas suas múltiplas e infindáveis meadas (entremeadas), damo-nos conta que- delas- fazem parte várias nuances de maldade: falta de empatia, falta de sentimento, compreensão, desprezo dos outros e ignorância de nós mesmos… em que os hábitos costumeiros se sobrepõem à excelência, e esta reiteradamente dá lugar à infâmia.
Entrincheirados numa espécie de frenesim-maldizente- de que as redes (in)sociais são eco último- passamos o tempo a congeminar, a vociferar contra o outro de forma destrutiva; nesse tempo que se torna destempo… Assim, fazemos o bem, mal; e fazemos o mal, bem! Exasperante contradição que nos arquitecta e imprime a marca indelével da condição humana.
Poderíamos mudar e transformar um pouco essa condição? Talvez! Mas talvez isso seja difícil, custoso e exija uma permanente e profunda reflexão individual que se torna quase insuportável: por estarmos, sem filtros, connosco próprios e darmos conta das nossas imensas e antagónicas fragilidades- defeitos constitutivos, portanto. Não muito diferentes dos outros. Preferindo a ilusão do faz-de-conta da nossa superioridade total, ao constatar real da nossa imperfeição substancial…
Gostamos de não gostar, e isso irrita-nos. E define-nos.
Nota: Nos próximos tempos de campanha autárquica na Guarda é provável que o seu objecto primeiro (e último?) seja a crítica maldizente. Infelizmente. Somos assim, e não sabemos se poderíamos ser de outra maneira!..

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

pequenas Notas soltas e avulsas e desconexas

(Publicado originariamente na edição do Jornal A Guarda do dia 03 de Julho)

1- As eleições autárquicas aproximam-se e será interessante analisar os programas. Serão- como de costume- retalhos descompassados de propostas e promessas de promessas? E isso constitui um, ou o descrédito da política (e da democracia)?
2- Para o ano, as eleições presidenciais são o corolário de um período de intenso bombardeio mediático (sempre imediato) desse sem fim de promessas; de análises de análises; de conjecturas conjecturadas mais. Teremos a paciência para tal?
3- Aguardamos para verificar (e saudar) se na Guarda os candidatos nos surpreendem com uma atitude de elevação em que o foco seja o bem-comum das nossas gentes (?!.). Muita esperança, ou mesmo fé?
4- E Vila Mendo, sempre aqui e sempre além; e sempre aquém do que lhe desejaríamos- a nós?
5- O calor está por aí, e antes mesmo da inclemência dos incêndios ser realidade as televisões já nos “massacram” com as suas possibilidades… e ficamos quase que incendiados.
6- As guerras seguem o seu curso inexorável desde o princípio da humanidade até hoje (provavelmente até ao futuro). Vários pensadores viram-lhes virtudes, ou pelo menos justificativas na perspectiva de fazer com que a letargia a que muitos (individual e colectivamente) estavam votados se transformasse em realidades risonhas, na perspectiva de exportar para outros povos as virtualidades próprias do seu, ou dos que consideravam… Já nós queríamos que acabassem, ontem. De qualquer modo, como país convém estarmos preparados para tudo.
7- Uma pausa no desporto, que é como quem diz no futebol, é sempre bom para reorganizar forças para as euforias e desilusões, para as alegrias e tristezas, os festejos e desmandos que nos esperam na próxima época… Uma boa alternativa, a Volta à França em bicicleta com o inefável Tadej Pogacar.
8- Pausas. Tão necessárias para nos pensarmos e pensarmos os outros. Para nos pensarmos com os outros.
9- Estas notas são dignas de pouca nota, mas estamos quase a chegar às férias e o português (como o Guardense) entra em modo relaxado e expectante; depois cansa-se durante o recesso, porque o idealizado raramente é concretizado; recupera no retomar do trabalho; remói a má sorte dos seus afazeres monótonos, mal pagos e da sua vida complexa e complicada; exaspera-se por tudo e pelo seu nada, e pela longura do próximo descanso; e… depois a mesmice… Somos assim e não sabemos se poderíamos ser de outra maneira.
10- Não há. Mas podia haver. E muitas.
Pequenas notas soltas, avulsas, desconexas; ou não.