sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

"Ode"... ao Chichorro


Aqueles que sentem o teu odor

e vislumbram os teus traços,

únicos,

inconfundíveis

e tocam a tua carne,

suave e macia,

são deveras afortunados.


Tantos te querem,

poucos te têm.


Sentidos inebriados

só de em ti pensarmos,

agudizas os instintos primordiais

numa luta interior quase que exangue.

Queremos-te… agora.


Condói ouvir o crepitar da tua voz melodiosa.

Condói perceber o deleite do teu sabor.

Condói olhar-te, perceber o teu calor

e não te possuir.


Anunciar o teu nome

é quase pecado, Deus meu,

mas balbuciá-lo-emos

baixinho,

devagarinho

na esperança de nos unirmos

visceralmente

na eternidade do tempo sem tempo. 


Benqueremos-te, Chichorro.

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