Detém-te, instante, és tão formoso- Goethe
quarta-feira, 21 de maio de 2025
terça-feira, 20 de maio de 2025
domingo, 18 de maio de 2025
quinta-feira, 15 de maio de 2025
terça-feira, 13 de maio de 2025
Reditos
Quanto à eternidade, recusar que ela existe de uma forma ou de outra é cair na perigosa grosseria de glorificar o efémero- Natália Correia
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sábado, 10 de maio de 2025
o pensamento do Pensamento- II
(Publicado originariamente na edição do Jornal A Guarda do dia 17 de Abril)
(continuação)
Numa outra (!) perspectiva, o pensamento do outro é sempre indesvendável; uma cortina impenetrável, intransponível separa cada ser humano a este nível. Nunca conseguimos, de forma objectivamente verificável, perceber que pensamentos dominam (ou predominam) o seu ser. Às vezes, quase que sim; maioritariamente não. Nenhuma técnica psicológica, psicanalítica; nenhuma proximidade com o outro, ou mesmo nenhuma tortura pode “arrancar-lhe” os seus pensamentos de forma objectivamente demonstrável: se aquele ou aqueles pensares são de facto- esses- que outrem pensou mesmo. Os juramentos mais sentidos, as proclamações mais entusiásticas nunca nos dão a absolutidade de uma certeza quanto à sinceridade delas: poderão ser sinceras. Ou não.
Os constantes e variadíssimos “afirmares de”, podem ser actos completamente falsos e perfeitamente conscientes; podem ser autoenganos; ou uma mistura de ambos (e, às vezes, também verdadeiros): a mentira tem infinitas matizes que se tornam difíceis, ou mesmo impossíveis, de distinguir claramente, de ter a certeza absoluta que o que é dito corresponde ao que é pensado (ao que é consciência). À pergunta feita incontáveis vezes por todos nós: “Em que estás a pensar?”, a resposta vem envolta em tantas camadas, passando por diversas filtragens (imperceptíveis), que a veracidade fica tantas e tantas vezes comprometida.
De facto, passamos o tempo em permanentes actos de tradução, por assim dizer. Estamos constantemente e efectivamente a traduzir-nos uns aos outros (e uns para os outros), em todas as áreas e momentos da vida. Querendo e ansiando descortinar e alcançar o que está antes do que é dito (do não dito), antes do escrito, do feito. Às vezes acertamos, ou quase; outras falhamos estrondosamente.
Mesmo no amor, mesmo com as pessoas que são mais próximas e queridas e honestas, o outro- esse outro- é, de algum modo, estranho. O amor, a paixão é também representação. Até no êxtase, os apaixonados conseguem tocar-se, sentir-se; conseguem abraçar-se, mas não conseguem abraçar (ainda que parcialmente) os pensamentos do outro… Talvez no sentimento oposto a este: o ódio (e o medo), os pensamentos sejam mais facilmente genuínos, sem as tais camadas que enevoam a sua decifração. Talvez no riso espontâneo (de uma qualquer situação ou piada), portanto não preparado e diametralmente díspar do sorriso costumeiro (mais elaborado), se encontrem também os pensamentos mais autênticos na sua revelação, que é, ou que tem muito de involuntária.
Na caverna da interioridade (das “identerioridades”) do outro, nunca descobrimos (pelo menos totalmente, ou substancialmente) a luz-final-reveladora do seu ser. Talvez…
E talvez por tudo isso (mas não só por isso) aqui resida a falta de confiança que, individualmente e colectivamente, sentimos uns pelos outros, pela sociedade, pelo mundo (por nós mesmos). Por, enquanto humanidade, cometermos as maiores atrocidades, relegando o outro, o diferente a uns seres desconsideráveis e inumanos. Será?
E será que todo o ser humano é um “verdadeiro” pensador? Com capacidade para pensar pensamentos que valham a pena ser pensados?
(Continua)
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sexta-feira, 9 de maio de 2025
Novo Papa
Importa que Leão XIV seja um referente ético e moral, e um sinal e uma voz- actuante- de esperança (real) para a humanidade; demasiadas vezes inumana. Precisamos disso. Precisamos dele. Crentes. Não crentes.
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terça-feira, 6 de maio de 2025
sábado, 3 de maio de 2025
sexta-feira, 2 de maio de 2025
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