O amigo Veloso recebeu a "delegação" de Vila Mendo com elevado requinte. Bem-haja.
segunda-feira, 11 de junho de 2018
sexta-feira, 8 de junho de 2018
Ciclo de entrevistas
Na próxima sexta-feira, dia 15, Tiago Gonçalves (advogado) será o entrevistado. Depois será a vez de Telmo Conde (dentista), Margarida Nunes (veterinária), Joaquim Pina (militar), André Viana da Cruz (advogado e professor no Brasil) e Mayra Pereira Chagas (Jornalista e professora no Brasil).
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Entrevistas
quarta-feira, 6 de junho de 2018
Religiosidade
Tocam os sinos... anunciando mais um momento de oração e de reflexão... fiéis aos costumes de antanho, as nossas gentes resistem à celeridade dos tempos modernos...
segunda-feira, 4 de junho de 2018
Agricultura
A agricultura ainda é um dos sustentáculos onde assenta o dia a dia nas nossas terras. Se ela definha, definham as suas gentes.
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Actividades do campo
sexta-feira, 1 de junho de 2018
Dia da Criança
As crianças são cada vez menos nas aldeias. Importa que lhe transmitamos o amor pelas nossas terras e pelas suas gentes para que num futuro elas permaneçam ou retornem às raízes.
Pais e mães de Vila Mendo, tendes feito isso?!.
quarta-feira, 30 de maio de 2018
sexta-feira, 25 de maio de 2018
Entrevista a Marisa Barbeira
Marisa da Silva Barbeira, 28 anos, Licenciada e Mestre pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Juíza estagiária no Tribunal de Setúbal.
Sou apaixonada por livros e viagens. Adoro estar sozinha, talvez por isso tenha escolhido uma profissão que por muitos é vista como solitária. Os meus amigos e a minha irmã dizem que sou um pouco “ bicho do mato”, porque odeio falar ao telefone, raramente respondo a mensagens e também não sou adepta das redes sociais.
1. Tiraste direito e agora estás a seguir magistratura. O que te levou a seguir Direito e mais especificamente a Magistratura?
Não posso dizer que sou daquelas pessoas que desde sempre quis seguir Direito, razão pela qual no secundário optei pela área de ciências e tecnologias. No entanto, quando cerca de uma semana antes do final da data das candidaturas ao ensino superior, decidi seguir Direito (devo dizer, muito influenciada pelo meu pai), sempre soube que o meu objectivo passaria pela magistratura, em particular pela magistratura judicial.
É uma profissão fascinante com tudo o que acarreta. É verdade que existe o peso da tomada de decisões que afectam de forma muitas vezes irreversível a vida das pessoas, sentenças que são proferidas de forma responsável e de acordo com aquela que é a verdade processual, que nem sempre corresponde à verdade real (o que muitas vezes não é compreendido pelos cidadãos), por outro lado, é inexplicável a sensação de - sempre de acordo com as determinações legais- fazer justiça no caso concreto.
2. Num tempo de tantos desafios na justiça, o que consideras essencial para que as pessoas tenham uma percepção diferente (mais positiva) dela?
Considero que o principal desafio dos Tribunais é hoje, como sempre foi, a realização da justiça no caso concreto. Ora, para quem julga existe uma consciência clara de que com as suas decisões haverá sempre alguém que ficará descontente. Também é notório que os meios de comunicação social manifestaram sempre uma particular apetência para noticiar os casos que correm menos bem, tentando de alguma forma descredibilizar o sistema judiciário.
O que no meu ponto de vista deve tentar ser melhorado é a comunicação, isto é, devem ser os Tribunais a passar a mensagem em primeira mão para os cidadãos, não deixando isso para terceiros que a possam deturpar de acordo com critérios muitas vezes de duvidosa eticidade.
3. Quando terminares a formação, imaginas o amanhã na Guarda?
Ser juiz em Portugal implica que, pelo menos nos primeiros anos de exercício de funções, se percorra quase todo o país, pelo que nos próximos anos dificilmente conseguirei assentar numa cidade, nesse contexto a Guarda estará sempre no meu leque de opções.
4. Como vês o (futuro) Interior e a Guarda por inerência?
Antes de vir viver para Lisboa, achava e de certa forma continuo a achar que as diferenças são abissais. Não podemos comparar a dinâmicas destas duas cidades, mas também é verdade que se me perguntarem se gostava que a Guarda fosse igual a Lisboa, responderia que não. O interior, e a Guarda em particular, distinguem-se pelas suas particularidades, que não encontramos em nenhuma outra região do país. Na verdade, não gostaria de ir à Guarda e sentir que o ar que ali respiro é igual ao ar poluído que encontro todos os dias ao sair de casa, sentir os empurrões nos transportes públicos tamanha é afluência de pessoas- o que se tem acentuado com o acréscimo do turismo.
No interior as pessoas são mais livres, de certa forma são “mais donas do seu tempo”. Mas também é verdade que as pessoas que vivem no interior não se sustentam com a qualidade do ar que respiram, é preciso mais.
Também acredito que num futuro a médio-longo prazo as pessoas se começarão a afastar dos grandes centros urbanos- basta atentar ao que se passa com o mercado de arrendamento em Lisboa, onde os preços são impraticáveis. Talvez aí as pessoas percebam as potencialidades do interior e venhamos a ter um país menos assimétrico.
5. Nascida e criada em Vila Mendo, que memórias reténs da infância?
Falar de Vila Mendo é falar de infância, adolescência e família. Foi aí que frequentei a escola primária e posteriormente o 5º e 6º ano na já extinta Telescola de Vila Fernando, vêm daí as minhas bases, foi aí que comecei a ganhar os valores que hoje me caracterizam.
É aí que volto sempre e recordo os tempos em que era criança e descia a correr a rua que liga a casa dos meus avós à casa dos meus pais. E os meus pais nunca me deixam esquecer de onde vim, para ter sempre a certeza de que nunca me desviarei daquele que é o meu caminho.
6. Como vês, que te diz Vila Mendo, hoje?
Vila Mendo para mim hoje significa família, é aí que vivem os meus pais e os meus tios (Rosária e Manuel) são as pessoas que desde sempre (juntamente com os meus avós) fizeram e fazem parte da minha vida e que quando estou longe me fazem sentir uma dor no peito à medida que o tempo passa e os vejo envelhecer- principalmente os meus tios atendendo à idade que já têm, sem poder estar junto deles como desejaria.
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quinta-feira, 24 de maio de 2018
Entrevistas
Amanhã, entrevista a uma Vilamendense: Marisa Barbeira, juíza estagiária no tribunal de Setúbal.
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Entrevistas
terça-feira, 22 de maio de 2018
domingo, 20 de maio de 2018
quarta-feira, 16 de maio de 2018
XIV Encontro Motard
Dias 18 e 19 de Maio vai realizar-se, em Vila Mendo, o XIV Encontro Motard. Sexta–feira actuarão os “Red mustang”. Sábado à tarde actuará a dupla ibérica “Robaz & the Frans. Nessa mesma tarde haverá Freestyle com Rui Santos da Guarda. À noite é a vez dos “Prós e Contras”” actuarem com espectáculo que muito promete. Pela noite dentro haverá striptease. A boa gastronomia regional também não irá faltar, bem como muita animação e bom ambiente. Este encontro insere-se numa linha de actuação que esta associação tem vindo a implementar e que pretende valorizar as gentes das nossas aldeias, os seus costumes e tradições, por forma a criar toda uma dinâmica que seja causa de enriquecimento para as comunidades do interior.
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sábado, 12 de maio de 2018
quarta-feira, 9 de maio de 2018
Mês de Maria
Domingo
A religiosidade nas nossas terras ainda se vai mantendo fiel à tradição, apesar das gentes serem cada vez menos e os exemplos (alguns) dos pastores da grei não serem os melhores...
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religiosidade
segunda-feira, 7 de maio de 2018
sexta-feira, 4 de maio de 2018
Momentos (insólitos)
No meio da estreita ruela, só, a cabra pasta como se de um prado verdejante se tratasse!.. Impávida, serena e alheia dos transeuntes...
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curiosidades
quarta-feira, 2 de maio de 2018
segunda-feira, 30 de abril de 2018
quinta-feira, 26 de abril de 2018
terça-feira, 24 de abril de 2018
domingo, 22 de abril de 2018
sexta-feira, 20 de abril de 2018
Almoço
Amanhã, sábado, realiza-se mais um almoço do "porco" que deriva da Festa do Chichorro.
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quinta-feira, 19 de abril de 2018
domingo, 15 de abril de 2018
Gentes de Cá- Tiago Gonçalves
Júlio Pissarra e Tiago Gonçalves
O nosso conterrâneo e amigo, Tiago, foi eleito presidente da concelhia do PSD da Guarda. Independentemente das orientações políticas de cada qual, Vila Mendo regozija-se com tal.O também conterrâneo e amigo, Júlio Pissarra, integra a sua equipa sendo secretário geral adjunto.
terça-feira, 10 de abril de 2018
Prémio Guarda-rios 2018
O blogue "Crónicas do Noéme" (Márcio Fonseca- Rochoso) concorre ao Prémio Guarda-Rios 2018, promovido pela associação ambientalista Geota.
Para votar é só ir AQUI até 19 de Abril. Vamos votar!
domingo, 8 de abril de 2018
quinta-feira, 5 de abril de 2018
sábado, 31 de março de 2018
quarta-feira, 28 de março de 2018
D. António dos Santos- anterior Bispo da Guarda
Faleceu o anterior Bispo da Guarda, D. António dos Santos; Bispo desta diocese entre 1980 e 2005. A sua vinda trouxe, entre outras coisas, uma nova dinâmica pastoral à nossa grei que ainda hoje se repercute.
Marcou afirmativamente aqueles que mais de perto privaram com ele, nomeadamente as várias gerações de sacerdotes que formou e ordenou.
Tive o privilégio de ser seu amigo, desde os tempos do Seminário do Fundão (baptizou o meu filho), pelo que julgo ser uma perda significativa para a Guarda e a diocese a sua partida. Não podendo estar presente na Guarda nas cerimónias, estarei unido, em pensamento e oração, a tantos que, por certo, o acompanharão até à última morada.
As cerimónias fúnebres realizam-se hoje na Sé da Guarda pelas 15h, seguindo depois para Vagos (Aveiro) onde será sepultado.
Marcou afirmativamente aqueles que mais de perto privaram com ele, nomeadamente as várias gerações de sacerdotes que formou e ordenou.
Tive o privilégio de ser seu amigo, desde os tempos do Seminário do Fundão (baptizou o meu filho), pelo que julgo ser uma perda significativa para a Guarda e a diocese a sua partida. Não podendo estar presente na Guarda nas cerimónias, estarei unido, em pensamento e oração, a tantos que, por certo, o acompanharão até à última morada.
As cerimónias fúnebres realizam-se hoje na Sé da Guarda pelas 15h, seguindo depois para Vagos (Aveiro) onde será sepultado.
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Guarda-diocese
domingo, 25 de março de 2018
quinta-feira, 22 de março de 2018
A Forja
O que resta do sítio onde o Sr. Zé Monteiro, marido da Sra. Maria Ruas, tinha a forja onde forjava os mais diversos utensílios para as labutas agrícolas; num tempo em que as artes manuais eram preponderantes na dura peleja pela (sobre)vivência dos dias desapiedados, mas, talvez e por isso, quiçá... jucundos.
terça-feira, 20 de março de 2018
Casas
Ainda assim, algumas casas estão a ser reconstruídas, nestas nossas terras cada vez mais cheias de nada...
sábado, 17 de março de 2018
quinta-feira, 15 de março de 2018
Coisas da Vida- correcção
O funeral do Sr. António Bragança vai ser em Vila Mendo amanhã, dia 16, às 15h, ficando sepultado no cemitério da freguesia e não, como erradamente referi ontem, em França.
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quarta-feira, 14 de março de 2018
Coisas da Vida
Faleceu hoje, na França, o Sr. António Bragança. Emigrado desde há muito, será lá a sua última morada. Recordo o homem afável, simpático e simples. Vila Mendo continua a ficar mais pobre. Aos filhos: Isabel, Adelaide, Alcina, Ilda, Arlete e Zé Manuel, à esposa Sra. Mariana, aos muitos netos, aos demais familiares (e ao Michel e ao Chico) os nossos pêsames sentidos.
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segunda-feira, 12 de março de 2018
sexta-feira, 9 de março de 2018
O Chá do Noéme- por Zé Vieira
José Afonso Vieira filho das nossas terras (Vila Fernando) preocupado com a desgraça que se abateu sobre o nosso rio Noéme, escreveu (há 6 anos!) uma
estória/história sobre ele. Faz-nos reflectir sobre como tratamos os recursos
naturais e, mais grave ainda, como tratamos as pessoas a expensas de um
pretenso desenvolvimento. Impõe-se a pergunta: e o rio, car****?..
O "Chá
do Noéme" por Zé Vieira.
Zé Chibas.
Carrancudo, de cigarro de enrolar ao beiço, pau de amieiro entalado no
antebraço, pastor de cabras, desde os 12. E já lá vão 40!
Ele por ali anda, com 7 bichos cabrinos, magros, sebentos, e com as caganitas
prezas nas patas traseiras, que fazem a vez de badalos. Apenas não
chocalham.
Há um moinho ao longe, podre, velho, sem telhado e sem roda. Em vez de pão e
moleiro, tem como companhia pedras caídas, telhas partidas, e
silvas.
É Janeiro, e um lençol branco percorre a veiga, rente ao verde acastanhado da
erva.
Faz um frio seco.
As Silvas e as giestas fazem de raids a um caminho de terra batida, principal
via da aldeia, no tempo do Rei D. Sancho. Que por aqui andou também. Não a
guardar cabras, mas de mula, a delimitar o concelho da Guarda. Dizem. Não sei
se é verdade.
O caminho, dado a antigas realezas, serve agora para as cabras, algumas vacas,
ciclistas citadinos e teenagers endiabrados montados em mulas mecânicas.
Ainda serve.
Quem não serve são as águas do Noéme, que se colam e serpenteiam o
caminho.
- O Rio desta cor só nas enxurradas.... desta cor só nas enxurradas
..e era quando as havia. – Vocifera o Zé Chibas, apagando a beata molhada com a
ponta do pau de amieiro, na erva branca da geada.
- Anda cá, só para veres.
Vou, mais obrigado, que por livre vontade.
Galgamos umas silvas, uns juncos, uma bosta de vaca a fumegar, e paramos ao pé
da água, que corre branda, espumosa e gorda.
O Zé agacha-se e com a cova da mão e leva a água ao meu nariz. – Cheira,
cheira, e depois diz-me se tenho, ou não, razão.
Cheiro. Viro a cara para o lado. O odor é intenso. Uma mistura de tripas
podres, químicos, curtumes, vísceras, carne putrefacta. Tudo banhado numa água
de cor castanha avermelhada.
- Os filhos dum c..... Deviam chafurdar aqui e obrigá-los a beber este
cházinho! - remata o Zé guardador de cabras e não de sonhos.
-Pois…. digo eu.
O pastor afasta-se com passos longos e alavancados pelo cajado.
Olha o rio com um ar desafiador e impotente.
Junta-se ao rebanho.
Assobia.
Três cabritos e uma cabra com tetas ovais vão ter com ele.
Todos, olham-me como um estranho, apesar de já conhecer o Zé há muito tempo.
Do
canto do olho vejo-o retirar uma garrafa de vinho do bolso do casaco e beber um
trago, limpando os beiços à manga da camisa.E, lá, ao longe, na neblina da veiga, enchendo os pulmões com bafo de cabra e de nevoeiro, elevando o cajado o Zé ainda grita:
- Eu ainda me amanho com o tintol, e as cabras, caralho?
Uma nuvem, amedrontada, afasta-se e deixa brilhar um sol ajaneirado, de cor de
vaca jarmelista.
Desta vez, talvez por nojo, ou por respeito ao pastor, o sol não se amanhou com
o Noéme.
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estórias do Rio Noéme,
Rio Noéme
quinta-feira, 8 de março de 2018
quarta-feira, 7 de março de 2018
terça-feira, 6 de março de 2018
Almoço
Sábado, dia 10, vamos fazer um almoço como forma de agradecimento a todos aqueles que, directa e indirectamente, nos ajudaram a concretizar a participação nas Tabernas do Entrudo.
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Actividades
sexta-feira, 2 de março de 2018
Quotidianos
É vê-la num afã quase que extasiante para refrear a impetuosidade dos dois cães (mais acostumados a lançar boca a uma lebre ou codorniz...) que providencialmente atados com duas guitas corriqueiras, se debatem para o livramento de tais amarras, até para eles incomuns. E grita com eles e ameaça-os que não volta a trazê-los à rua... para passado pouco se debruçar sobre eles e os festejar... para passado pouco voltar a vociferar alto e bom som, num ciclo que parece não findar. Atrás, as cabras e as ovelhas; seguem-na, quase que indiferentes, como se fossem espectadoras assíduas de um espectáculo costumeiro, já habituadas aos desmandes de tais artistas.
-Oh Maria, olha que as tuas cabras andaram outra vez no meu lameiro!
-Coitadinhas, estavam com tanta fome. - responde, lesta e com olhar tão cândido que inibe qualquer reacção mais intempestiva de quem quer que seja.
- E os cães Maria? Presos com esses baraços?
- ... Senão fogem-me. Psiu, quetos... - os cães, irrequietos, puxam-na uma e outra vez e lá vai ela, quase que arrastada...
- Cabras dum raio! Pr`a cá... olha que... - e afasta-se a praguejar, indecisa de deixar os cães para ir atrás das cabras que, fartas do alarde, trepam as paredes aventurando-se num terreno verdejante, certas de que, com o avanço tido, podem começar a matar a larica...
É a Maria "do Tróia".
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