terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Sugestão de leitura

Márcio Fonseca- Natural do Rochoso. Engenheiro Informático. Editor do Blogue "Crónicas do Noéme" desde 2009, onde tem denunciado os crimes ambientais perpetrados uma e outra vez no nosso rio e defendido acerrimamente a sua despoluição.
Em 2014, editou o livro: Guarda os produtos de cá- "em busca dos nossos produtos e dos nossos produtores, numa viagem também ela feita pelos sabores e memórias da nossa região".


O Malhadinhas- Aquilino Ribeiro- 1ª edição - 1958

"Danado aquele Malhadinhas de Barrelas, homem sobre o meanho, reles de figura, voz tão untuosa e tal ar de sisudez que nem o próprio Demo o julgaria capaz de, por um nonada, crivar à naifa o abdómen dum cristão". 
Começa assim a obra que me deu a conhecer mestre Aquilino, um dos grandes da literatura portuguesa e Beirão dos quatro costados. Ler esta novela é como andar para trás no tempo e recordar o que foram as nossas aldeias, as suas figuras, costumes e linguajares. Ao lermos as aventuras do Malhadas de Barrelas é-nos fácil imaginá-lo a comer chichorros em Vila Mendo, beber um traçadinho no Rochoso ou à socapa apanhar uns peixes no Noemi. Visse ele o rio Noemi no estado em que está e de certeza o estadulho de carvalho ganharia outro uso.

1 comentário:

Anónimo disse...

são muitos os que haviam de levar com um estadulho, a começar pelos donos da fábrica, passando pelas diferentes câmaras que permitiram e permitem isso, as juntas de freguesia das aldeias afetadas por não protestarem, as próprias pessoas dessas aldeias que se resignam a tudo e até as associações locais que não fazem despertar uma consciência ambiental nas pessoas. Não haveria estadulhos que chegassem.