sexta-feira, 27 de julho de 2018

Entrevista a António Rodrigues

António Augusto Baptista Rodrigues, 57 anos, natural de Pousade; Professor.

1- Enquanto professor, como interpreta o sistema educativo? Defeitos e virtualidades.
O sistema educativo enferma dos mesmos males que grassam na sociedade do ano 2018: impõem-se, muitas vezes, a mediocridade e a mentira, em vez da dignidade e da competência, pois é assustadora a falta de nível dos que comandam a nação/mundo. Como virtualidades, aponto a convivência entre os colegas e a mensagem de valores que fará algum eco nos alunos. Assim o espero, a esperança é a última a morrer...e a escola deve ser o local da denúncia dos males e ser capaz de imunizar os alunos para os perigos que terão de enfrentar.

2- Frequentou o Seminário, foi lá professor. Como analisa a falta de vocações sacerdotais, nomeadamente na nossa diocese?
Será por falta de capacidade de os atuais padres convencerem? Será que também eles vão na outra onda e não na do Evangelho? Ou será uma evolução geral, em quem as pessoas preferem ser menos Homens do que seguir a mensagem do verdadeiro Humanismo, o Cristianismo?

3- O que mais o marcou(a) na sua carreira docente? 
O contacto com os alunos, quando verifico que ultrapassam as dificuldades e têm sucesso. Nada é superior a um riso de satisfação por conseguirem, o que parecia difícil.

4- Haverá futuro, tal como o conhecemos hoje, para o Interior? 
Não.

5- Que projectos considera essenciais para o desenvolvimento da Guarda?
 Projetos que permitam às pessoas ganharem cá a vida, pois muito amor ao interior que não passe das palavras ou de festas sasonais...

6-É alguém ligado à terra. Como explica, a quem não tem as vivências do mundo rural, o seu amor por ela (Pousade)?
 É que a mensagem de encantamento e de grandes vivências ainda é de gente próxima- pais e avós, mas será de pouca dura...

7- Que lhe diz Vila Mendo? 
Terra de gente unida, franca, com capacidade para em conjunto abraçarem projetos de promoção bairrista que está a dar frutos.







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