Num comentário ao post anterior, João Gonçalves, afirma que em relação ao Encontro motard "não me parece bem substitui-lo por um Festival Rock" porque "não nos garante um público alvo" que torne este evento rentável. Caro João, estamos de acordo. Por isso é que afirmei que devíamos "implementar um Festival alavancado no Encontro Motard que paulatinamente o substituiria", a médio prazo, não já; para conseguirmos o tal público avo de que falas e tornar o evento minimamente viável em termos económicos. O porquê de achar que o Encontro Motard é uma actividade esgotada e ultrapassada fica para uma próxima análise.
Quanto à analogia que fizestes com o nome "Galeria Zé das vacas" com "Galeria Zé dos Bois", confesso que ontem não associei. Pese embora isso, não deixa de ser interessante. Se nós conseguíssemos, algum dia, ter um modelo parecido com o da Galeria Zé dos Bois em Vila Mendo, em que se programasse uma série de actividades multidisciplinares, em que se desse visibilidade a novos artistas e fosse um lugar de práticas performativas e experimentalistas, então já podia reformar-me em paz!!! Num lugar destes é que eu sonhava e ansiava que Vila Mendo se tornasse; mas... ainda pensamos em demasia em Encontros Motards e afins!..
2 comentários:
É assim, é mais que óbvio que neste momento não podemos deixar de organizar o Encontro Motard. Como se passou este ano e como vai ter que ser nos seguintes, temos que organizar o Festival Vila Mendo no seio do Encontro Motard para que se possa ganhar público. A estratégia no meio disto é que as pessoas que só se deslocam a Vila Mendo pelas motas passarem a ter a oportunidade de se aperceberem que há "mais vida para além das motas" e passar a vir também pela música; e para as pessoas que não gostam de motas e nunca vieram, passarem a vir também pela música ou pelo convívio. (Então) Nos anos seguintes temos que continuar a experimentar os modelos mais convenientes à organização e ao público. Vamos experimentar até que o modelo do Encontro Motard se dissipe não na sua totalidade, mas que chegue à fase em que cada vem com a sua mota sem haver a componente de "road-shows" e acrobacias na Avenida Motard.
Já existem demasiados encontros do género no mercado, por mais bons que sejamos a organizar, vamos entrar mais tarde ou mais cedo para uma altura de estagnação em que sim, pode dar sempre lucro, mas em que ficamos presos na evolução de Vila Mendo - são sempre as mesmas pessoas a virem para cá, nunca há nada de novo e a propaganda "de boca em boca" perde todo o efeito porque realmente, grande parte do nosso público já está fidelizado. E o que não está e vive nas redondezas nunca vamos conseguir fidelizar graças a coisas extra-encontro motard. Para evitar esta situação, há que inovar trazendo novas ofertas para o mercado. E isso implica na realização de eventos que primem pela diferença. Daí a minha vontade eterna de querer meter Vila Mendo (ainda mais) no mapa com o Vila Mendo Róque 2011 (& Encontro Motard)".
Quanto à referência à Galeria ZédasVacas, é óbvio que Vila Mendo nunca conseguiria ter uma infra-estrutura com a programação da Galeria ZédosBois, porque essa é paragem obrigatória para qualquer projecto cultural do mundo que se queira afirmar. O mais próximo que podemos vir a ter com a Galeria ZédasVacas é a exploração do espaço com concertos e teatro; mas também podiamos tentar promover actividades no ainda embrionário Museu de Arte Contemporânea da Guarda. Aí sim, estamos a falar de outro tipo de oportunidades.
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