terça-feira, 30 de junho de 2020

Coisas... pessoais e...

Margarida Neves- Bibliotecária estagiária
Coisas... pessoais e (des)conexas

Uma pergunta: Livro pode ser considerado elogio? Do género: "tu és tão livro!"
Um sonho: fazer o doutoramento
Uma pessoa: o meu irmão
Uma alegria: as minhas conquistas
Um pensamento: "as mentiras são mais fascinantes do que a verdade. A Ilíada de Homero é mais atraente do que uma reportagem no Iraque."- Umberto Eco
Uma preocupação: o bem-estar da minha família
Uma paixão: letras e livros
Um lugar: Covão d`Ametade- Manteigas
Uma irritação: a intolerância 
Uma saudade: a casa da minha avó Aurora

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Entrevista a David Neves

David Emanuel Barroco Neves- nascido a 23 de Junho de 1986. Gerente da empresa Diplix Audio. Fez estudos na Escola Profissional Arca em Coimbra. Actualmente frequenta o curso de Comunicação e Multimédia no IPG. Criou diferentes projectos musicais de que são exemplo: Numa Bola de Sabão; Músicas da Nossa Vida- especial festival da canção; Músicas da Nossa Vida- especial Disney. Entre outras coisas.

Como caracterizarias a Diplix? 
A Diplix Audio é uma empresa que se divide em dois ramos de atividade, um que se dedica ao aluguer de equipamentos para eventos, principalmente som e luz e outro dedicado à aprendizagem musical e canto, criando assim um conceito inovador da cidade da Guarda, a Academia Diplix. 
No fundo, trabalham e complementam-se nos seus serviços, assegurando sempre o seu rigor e a qualidade na prestação do serviço realizado. 

A tua equipa é vasta; como a definirias? 

A Equipa Diplix é composta por pessoas bastantes jovens, motividas, pró-ativas, dinâmicas e com bom relacionamento inter-pessoal o que se reflete nos bons resultados alcançados. 

Nascido em Pinhel, o que te atrai na Guarda? 
Ainda que nascido em Pinhel foi sempre na cidade da Guarda que residi com a minha família. E com toda a certeza que aquilo que me fez ficar na cidade da Guarda foi o facto de podermos aqui ter outra qualidade de vida e proximidade com a família e amigos que não teria se vivesse num meio grande como Lisboa ou Porto. Isso conta muito nos dias que correm. 

Que projectos imediatos tens em mãos na Academia? 

A Academia diferencia-se das restantes pelo método próprio de ensino, e então os projetos vão estando sempre a surgir. Pretendemos que os nossos alunos tenham muita prática de instrumento em grupo, chamando-os a participar em concertos e em diferentes projetos musicais. 

Uma ambição, um sonho para ela? 

Todos os dias trabalhamos para crescer, em dimensão e em experiência. É esse o nosso maior desafio. Queremos ter ao dispor de quem nos procura e em nós deposita confiança melhores instalações e uma maior oferta de serviços. 
Essa ambição é constante e para a qual lutamos arduamente todos os dias. 

A comunidade, as instituições públicas e privadas têm sido parceiras neste Projecto? 

Sim. Felizmente já trabalhámos em parceria com várias entidades e instituições. Acho que a partilha de recursos só beneficia os seus participantes. No que diz respeito à comunidade temos vindo a verificar que a adesão às nossas atividades tem vindo a aumentar e isso orgulho-nos muito. Gostamos de nos envolver e de ser envolvidos nas dinâmicas da comunidade mostrando assim todo o nosso trabalho. Um bom exemplo disso é a programação das nossas férias, nas quais dedicamos um dia por semana, a conhecer e usufruir dos recursos existentes nas aldeias do concelho, as “Quinta n’Aldeia”. 

Como vês a cultura na nossa cidade? 

Vejo a cultura na cidade a evoluir favoravelmente, não só como mero habitante mas também como prestador de serviços nessa área, portanto acompanho de perto e considero que existe um ótimo programa e bastante vasto. 

Envolvido também no desporto, o que almejas com o, ainda recente, Guarda Futebol Clube?

É um projeto recente mas bastante promissor e foi isso que me levou a aceitar o desafio. 
A ideia surgiu pois não havia uma equipa sénior na cidade da Guarda a participar nas competições, e como residente da Guarda achei que era um motivo impulsionador para desenvolvimento local, e consegui confirmar isso nas pessoas que começaram a ir ao estádio municipal aos domingos. 
Pratiquei desporto quando era mais novo, mas nunca tive grandes ligações ao futebol, mas senti que fazia falta uma equipa a competir na cidade. 

Que urgências para a Guarda?

Penso que é cada vez mais importante que seja reconhecido o valor dos que “cá vivem”. Refiro-me obviamente ao ponto de vista de recursos humanos e de serviços excelentes que existem na cidade e que muitas vezes são esquecidos em detrimentos de outros. 
No que concerne à fixação da faixa etária mais jovem acho que devem ser criados incentivos para poderem implementar e desenvolver novos projetos para a cidade e região do país. 
Numa visita que realizei recentemente ao Centro de Empresas Inovadoras e à Fábrica da Criatividade em Castelo Branco e senti que são infraestruturas que dariam muito ânimo/apoio aos nossos jovens para poderem criar os seus próprios negócios e responder às necessidades sentidas. 

Que te diz Vila Mendo?

Vila Mendo tem e terá sempre um carinho muito especial. Foi em Vila Mendo que realizei um dos meus primeiros trabalhos de som no Encontro Motard e foi dessa experiência que resultaram grandes amizades. Sinto ainda que foi um excelente “palco” de lançamento para aquilo que a Diplix Audio é hoje e fico muito agradecido.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

terça-feira, 23 de junho de 2020

Coisas... pessoais e...

Catarina Tavares- arquitecta
Coisas... pessoais e (des)conexas

Uma pergunta: porque é que o Filipe nunca vai ao encontro motard de Vila Mendo já que é presidente da associação?
Um sonho: ter 3 filhos e usufruir do crescimento deles com saúde e alegria
Uma pessoa: o meu pai
Uma alegria: a saúde da minha filha
Um pensamento: andamos na vida para ser felizes
Uma preocupação: a saúde dos meus
Uma paixão: a minha família
Um lugar: Aldeia Velha
Uma irritação: pessoas de mau íntimo, invejosas e mentirosas
Uma saudade: das minhas estrelinhas que olham por mim no céu

domingo, 21 de junho de 2020

Coisas da Vida

Rui Quinaz, conhecido advogado e empresário da nossa cidade, pereceu na madrugada da última sexta feira vítima de doença prolongada. 
Desde muito cedo embaixador da prática do todo o terreno numa época em que pouco se sabia da modalidade, participou numa das primeiras edições de motocross em Vila Mendo, na companhia do irmão António Quinaz a quem deixamos um abraço solidário. 
Visitava-nos regularmente durante a realização dos nossos Encontros Motard’s. 
Era natural do Rochoso.     (Telmo Conde)

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Memórias Paroquiais


Graça Sousa- professora

A Freguesia de Vila Fernando nas Memórias Paroquiais de 1758 – Parte 3 

16.º Se tem juiz ordinário, etc., câmara, ou se está sujeita ao governo das justiças de outra terra, e qual é esta?
Tem juízes dos concelhos, como já declarei, que estão sujeitos à cidade da Guarda. 

17.º Se é couto, cabeça de concelho, honra, ou behetria? 
Nada. 

18.º Se há memória de que florescessem, ou dela saíssem, alguns homens insignes por virtudes, letras, ou armas?
Nada 

19.º Se tem feira, e em que dias, e quantos dura, se é franca ou cativa? 
Nada 

20.º Se tem correio, e em que dias da semana chega, e parte; e, se o não tem, de que correio se serve, e quanto dista a terra onde ele chega? 
Não há correios, mas as cartas que vêm de várias partes vêm pelo correio da Guarda, que dista duas léguas para a parte do poen­te. 

21.º Quanto dista da cidade capital do bispado, e quanto de Lisboa, capital do reino? 
Deste lugar e freguesia à cidade da Guarda dista duas léguas, que é capital do bispado, e à de Lisboa, capital do Reino, 55 léguas. 

22.º Se tem algum privilégio, antiguidades, ou outras causas dignas de memória? 
Nada 

23.º Se há na terra, ou perto dela alguma fonte, ou lagoa célebre, e se as suas águas tem alguma especial qualidade? 
Tem este lugar uma fonte de cantaria e antiga que chamam Ademouro, e está volta com a corrente para o nascente. É célebre na sua quantidade, que além de ser excelente, é com tanta abundância que sustenta a todo o povo sem nunca deixar de correr na mesma forma e com suas águas que ali logo empresam se regam linhos e hortas que ficam para a parte do nascente. 

24.º Se for porto de mar, descreva-se o sítio que tem por arte ou por natureza, as embarcações que o frequentam e que pode admitir? 
Nada. 

25.º Se a terra for murada, diga-se a qualidade de seus muros; se for praça de armas, descreva--se a sua fortificação. Se há nela, ou no seu distrito algum castelo, ou torre antiga, e em que estado se acha ao presente?
Nada, e só há uma torre muito antiga e quase desbaratada que mostra que algum tempo teria sobrados, e se acham hoje os sinos da igreja congregados a ela. 

26.º Se padeceu alguma ruína no terramoto de 1755, e em quê, e se está reparado? 
No terramoto que veio no ano de 1755, seja Deus louvado, não houve nesta freguesia e mais circum-vizinhas perda alguma, como houve em várias partes. 

27.º E tudo o mais que houver digno de memória, de que não faça menção o presente interrogatório. 
Nada. 

II - O que se procura saber dessa serra é o seguinte… 
No que se procura saber da serra não tenho nada que dizer. (Foi esta a resposta do Vigário às 13 questões sobre a serra.)

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Olhar

(Mariana)
O olhar de uma criança perscruta a natureza com olhos interessados e cândidos. Mansamente, contempla a envolvência como se fosse uma contínua singularidade.
Em que cisma esta menina? 

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Coisa pessoais e...

Manuel Igreja Dinis- padre
Coisas... pessoais e (des)conexas

Uma pergunta: como explicar as causas e as razões porque estamos sofrendo?
Um sonho: acordar e ouvir a notícia de que a pandemia tinha acabado
Uma pessoa: Jesus Cristo, o rosto visível de Deus. A seguir, os meus pais
Uma alegria: acordar, em cada manhã, e saber que estou vivo
Um pensamento: como seria bom viver no mundo, onde todos se sentissem realizados e irmãos
Uma preocupação: temer que a pandemia ainda nos deixe mais egoístas, sem apreender a necessidade de conversão
Uma paixão: desejaria ser capaz de reconhecer os meus erros, para ser um homem novo.
Um lugar: a minha Terra-Mãe - Rochoso e, a seguir, as Terras em que fui ministro do Senhor, procurando servir a Deus e aos irmãos
Uma imitação: copiar Jesus Cristo, mas com a certeza de que não aprendi a lição
Uma saudade: tenho saudade dos tempos passados, em que me sentia um sonhador, com vontade de ajudar as pessoas a serem felizes

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Memórias Paroquiais

Graça Sousa- professora

A freguesia de Vila Fernando nas Memórias Paroquiais de 1758 – Parte 2 

“Um aviso de 18 de Janeiro de 1758 do Secretário de Estado dos Negócios do Reino, Sebastião José de Carvalho e Melo, fazia remeter, através dos principais prelados, e para todos os párocos do reino, os interrogatórios sobre as paróquias e povoações pedindo as suas descrições geográficas, demográficas, históricas, económicas e administrativas, para além da questão dos estragos provocados pelo terramoto de 1 de Novembro de 1755. As respostas deveriam ser remetidas à Secretaria de Estado dos Negócios do Reino.”
(Arquivo Nacional da Torre do Tombo – https://digitarq.arquivos.pt/) 

As questões enviadas aos párocos de todo o país dividiam-se em três temas: a terra, a serra e o rio.
Eis aqui algumas dessas questões e as respostas escritas pelo Pe. Policarpo da Cruz, nessa altura Vigário da freguesia de Vila Fernando. (Para facilitar a compreensão do texto, usou-se, por vezes, uma versão mais recente de algumas palavras.)
I - O que se procura saber dessa terra é o seguinte
Venha tudo escrito em letra legível e sem breves(1)      (1breves=abreviaturas)

7.º Qual é o seu orago, quantos altares tem, e de que santos, quantas naves tem; se tem Irmandades, quantas, e de que santos? 

O orago desta igreja matriz é Nossa Senhora da Conceição. Tem tribuna e sacrário, e nele assiste o Santíssimo Sacramento. Tem quatro altares colaterais, que é um de Nossa Senhora do Rosário e outro do Santo Cristo, e o Menino Jesus, e outro de Santa Luzia, de que é administrador José de Gouveia Beltrão da vila do Carapito e hoje seu filho, e outro altar que se fez de novo que é das Almas, aonde está erecta a mesma irmandade, muito antiga. Tem outra irmandade na capela de S. Sebastião, que está fora deste lugar mas vizinho às casas; tem um altar do mesmo santo. Tem outra Irmandade de S. Paulo, que está na capela de S. Francisco da Quinta do Meio, e nesta igreja matriz se fazem os ofícios dela. Há outra Ir­mandade que é do Divino Espírito Santo no lugar de Albardo, que tem só um altar, e nesta capela há capelão para dizer missa ao povo aos domingos e dias santos. Tem outra Irmandade na capela de S. Bartolomeu do Adão das Almas, e nesta capela há capelão que diz missa aos moradores do dito lugar nos domingos e dias santos, ainda que são obrigados de todas as capelas a virem à missa à igreja matriz todos os domingos e dias santos, e principalmente nas fes­tas principais, de cada casa sua pessoa. 

8.º Se o Pároco é cura, vigário, ou reitor, ou prior, ou abade, e de que apresentação é, e que renda tem?
O pároco desta igreja é vigário colado e apresentado pelo Reve­rendo Tesoureiro-mor da Sé da cidade da Guarda, e terá de renda 150.000 reis, pouco mais ou menos. 

9.º Se tem beneficiados, quantos, e que renda tem, e quem os apresenta? 
Não tem beneficiados. 
(Neste ponto 9, os padres da Guarda registaram, entre outras coisas, o seguinte: “Há na Catedral quatro dignidades, que são: deão, chantre, mestre-escola e tesoureiro-mor. […] O tesoureiro-mor tem de criação uma prebenda e possui outra. Além destas, tem a metade da igreja da Sobreira Formosa, e a igreja de Vila Fernando, que renderão ambas 500.000 reis. Este benefício, além dos encargos ordinários, se acha gravado in perpetuum na terça parte para a Santa Igreja Patriarcal. […]”) 

10.º Se tem conventos, e de que religiosos, ou religiosas, e quem são os seus padroeiros? 
Não tem conventos. 

11.º Se tem hospital quem o administra, e que renda tem?
Não tem hospital. 

12.º Se tem casa de Misericórdia, e qual foi a sua origem, e que renda tem; e o que houver notável em qualquer destas cousas? 
Não tem Casa de Misericórdia.

13.º Se tem algumas ermidas, e de que santos, e se estão dentro, ou fora do lugar, e a quem pertencem?
Há neste lugar a capela do Mártir S. Sebastião que está fora do lugar mas junto a ele; tem um só altar do mesmo santo, e tem sua Irmandade. 
Há em Vila Mendo uma capela do Apóstolo Santo André, aonde se diz missa para administração dos sacramentos. 
Há no lugar do Roto uma capela de Santa Maria Madalena que tem um só altar desta santa, aonde há capelão que diz missa aos paroquianos todos os domingos e dias santos. 
Há no lugar de Adão uma capela de S. Bartolomeu no altar-mor, e tem mais dois colaterais, um de Nossa Senhora do Rosário e outro do Menino Deus, e tem esta capelão para dizer missa aos moradores todos os domingos e dias santos, com obrigação de vir de cada casa sua pessoa à missa conventual à igreja matriz. 

14.º Se acode a elas romagem, sempre, ou em alguns dias do ano, e quais são estes? 
No dia de S. Bartolomeu, 24 de agosto, se faz um mercado no lugar do Adão aonde está este santo. 

15.º Quais são os frutos da terra que os moradores recolhem em maior abundância? 
Os frutos que há nesta freguesia e nestes arredores a maior quantidade deles é centeio, trigos, milhos, cevadas, vinhos, linhos em pouca abundância, os arvoredos são carvalhos que dão bolota, gados, lãs?, e cada lavrador tem sua junta de bois ou vacas.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Gentes da freguesia

Elisabete Monteiro; Alice Marques; Judite Marques
(mordomas do Santíssimo)

terça-feira, 9 de junho de 2020

Coisas... pessoais e...

Nuno Santos- professor
Coisas... pessoais e (des)conexas

Uma pergunta: quem assassinou o presidente John Fitzgerald Kennedy?
Um sonho: viver num mundo diferente
Uma pessoa: Jesus Cristo
Uma alegria: a minha filha
Um pensamento: viver num mundo sem inveja
Uma preocupação: a saúde
Uma paixão: VIVE
Um lugar: casa
Uma irritação: seres humanos que não o são
Uma saudade: as pessoas que eu amava e já não estão

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Ruas

As ruas calcorreadas (uma e outra vez) sentem as agruras, as desilusões e ilusões, os contentamentos de tantas e tantas pessoas; como Eu, como Tu, como Nós. Esperanças e desesperanças foram (aqui) construídas e destruídas no ápice dos dias demorados. Ruas... calcorreadas... ávidas de gente... de Vida.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Entrevista a Carlos Varandas


Carlos Fernando Varandas Nunes- para muitos é o Carlos Varandas e para a família é o Carlos Fernando. Nasceu em Moçambique em 1968, veio para Portugal em Novembro de 1974, indo viver 1 ano na aldeia dos seus Pais, o Adão. É Profissional da Educação (Não Docente). Formador, Técnico Superior de Segurança no Trabalho. Vice-Presidente do Sindicato Técnicos Superiores Assistentes e Auxiliares de Educação. Coordenador da formação do Sindicato. Mestrado em Gestão com especialização Administração Pública- ESTG-IPG. Pós-Graduação em Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho- UBI. Licenciatura em Ciências Administrativas pela UFP.

Com formação na área da gestão, como achas que a economia (as pessoas) sairá desta crise?
A minha formação de base não é Gestão, mas sim Administração, só mais tarde é que fiz Gestão- Administração Pública. A economia e consequentemente as pessoas vão sair muito fragilizadas desta crise. As empresas estiveram estagnadas e/ou mesmo paradas durante muito tempo, o que acarreta custos fixos avultados, que terá consequência direta no emprego.
Vejamos que o INE publicou, no início do mês, a taxa de desemprego do 1º trimestre de 2020, que foi de 6,7%, valor igual ao do trimestre anterior e inferior em 0,1 pontos percentuais (p.p.) ao do trimestre homólogo de 2019. No entanto, este valor ainda não reflete os efeitos desta pandemia, cujos impactos se vão refletir com maior intensidade no 2º trimestre do ano, e repara que nos meses de janeiro e fevereiro a economia portuguesa estava a crescer, mas a partir da 2 metade de março foi sempre a descer.
De acordo com o Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho e Segurança Social, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego, no continente, continua a aumentar. Após o fim do estado de emergência e a retoma de atividade por parte de algumas empresas, a 15 de maio, o desemprego registado atingiu o valor mais alto desde o início desta pandemia.
A 20 de Maio estavam inscritos 392.700 desempregados, que se traduzem num aumento de 24.395 inscrições (+6,6%), face a 20 de Abril. Entre 1 e 20 de Abril, o desemprego registou um aumento médio diário de 0,7%, enquanto que, entre 1 e 20 de Maio, esse crescimento foi de 0,3%. Apesar deste abrandamento, não se registava um valor tão alto desde Março de 2018 (393.335). No que diz respeito ao lay off o número de trabalhadores que se encontrava ao serviço de empresas que requereram lay off, continua a subir. Apesar de se registar um abrandamento do crescimento do número registado em Maio (1.325.635). Em suma acho que muitas entidades não voltarão a abrir portas, o que conduzirá muitos trabalhadores ao desemprego. Por seu lado, o aumento do desemprego leva a uma retração no consumo privado, sendo o consumo privado um dos fatores mais importantes ao nível de desenvolvimento macroeconómico o que se irá refletir mais uma vez nas empresas, o que produzirá assim uma bola de neve e por conseguinte uma taxa de desemprego na casa dos 10 a 12%, mesmo assim mais baixa do que aquela verificada no ano de 2012.

Enquanto Não Docente e formador, como analisas o ensino em Portugal, mormente o ensino para adultos?
Para terem uma ideia a taxa de abandono escolar precoce nas pessoas com idade entre os 18 e os 24 anos, que completaram pelo menos o terceiro ciclo do ensino básico e que não estudam nem recebem formação profissional fixou-se, em Portugal, em 2017, nos 12,6% e que compara com os 38,5% de 2006, este valor de 12.6 mostra que o ensino em Portugal tem vindo a melhorar e porque? 
O Pilar Europeu dos Direitos Sociais, aprovado em finais de 2017, é claro: “Todas as pessoas têm direito a uma educação, uma formação e uma aprendizagem ao longo da vida inclusivas e de qualidade, que lhes permitam manter e adquirir as competências necessárias para participar plenamente na sociedade e gerir com êxito as transições no mercado de trabalho.” Isto foi ganho com o 25 de abril.
A educação necessita de ser mais abrangente – a preocupação não se pode limitar apenas aos aspetos formais e burocráticos. É fundamental que exista um equilíbrio entre o indivíduo e a Escola.
Ter acesso a uma educação de qualidade que responda às aptidões e às necessidades dos alunos é a base de uma predisposição para a aprendizagem ao longo da vida. É preciso reorientar o ensino, a formação e a aprendizagem ao longo da vida, por um lado, em consonância com as necessidades do mercado de trabalho e, por outro lado, tendo em conta uma empregabilidade melhor e mais elevada no contexto de um mercado de trabalho em rápida evolução, adaptando os percursos escolares e de formação para o aperfeiçoamento e a reconversão profissionais. 
Na Educação de Adultos, em particular, há que melhorar a flexibilidade e qualidade do sistema e garantir o fortalecimento da governação e dos mecanismos de financiamento. Um dos principais desafios que a quarta revolução industrial representa para o mercado de trabalho será a definição das novas competências de que as pessoas necessitarão. A definição do perfil de competências para os alunos à saída da escolaridade obrigatória, em 2017, constituiu uma oportunidade de recuperação de um conjunto de orientações básicas e genéricas para o sistema de educação e formação em Portugal. 
O programa Novas oportunidades foi de facto das coisas mais brilhantes que assisti e continuo assistir, pois foi através deste programa criado nos Governos do Partido Socialistas que muitos portugueses completaram, melhoraram as suas qualificações. 
O conhecimento básico é essencial, na medida em que fomenta o espírito crítico necessário para selecionar as fontes de informação e compreender as novas tecnologias. Deste modo, importa sublinhar a importância das competências básicas, nomeadamente em matemática, física, química e biologia, as competências digitais e as competências linguísticas avançadas. É preciso também dar maior atenção às competências técnicas e especializadas, bem como às competências sociais; as primeiras são necessárias para os processos de produção, mas estas últimas ajudarão as pessoas a gerir contextos complexos e evolutivos. 
O futuro depende da complementaridade de competências. Uma educação de qualidade tem de ter em linha de conta a origem dos alunos, as qualificações dos docentes e dos outros trabalhadores da educação, as condições de trabalho, o número de alunos por turma e os investimentos em educação. 
Uma educação de qualidade passa também por todos os processos educativos - desde o ensino em contexto escolar até ao envolvimento das Famílias, dos encarregados de educação e das respetivas comunidades educativas.
Uma educação de qualidade tem de estar assente em investigação credível em matéria de educação, a qual deve sustentar as teorias e as práticas de ensino, para além de ter em linha de conta a experiência profissional de todos quantos trabalham em Educação. 
Uma palavra muito especial para os meus colegas, os trabalhadores não docentes enfrentam problemas, como a falta geral de respeito e de valorização em relação ao seu trabalho. Sem a participação e o empenho de pessoal técnico de educação especializado, é impossível garantir uma educação de qualidade. Estes devem ver o seu trabalho dentro da comunidade educacional reconhecido e devem gozar de estatuto, direitos e condições idênticos aos de outros profissionais da educação, com experiência e igualdade de qualificações profissionais e académicas. 
Os profissionais da educação que não são docentes devem ver reconhecidas, valorizadas e dignificadas as suas funções e responsabilidades em contexto escolar, ao nível da qualificação, ao nível das suas obrigações profissionais, ao nível da vinculação e ao nível do desenvolvimento das suas carreiras. 
Quero sublinhar as palavras do Professor Doutor João Góis Ramalho que disse o seguinte e que subscrevo na íntegra: "Teve que existir uma pandemia provocada por um Covid-19 neste mundo tão mau para o ambiente e para os seus cidadãos que o habitam e simultaneamente o destroem, para descobrirem que o pessoal não docente também tem um papel importante na escola, o promover a segurança e higiene no espaço educativo, através de critérios rigorosos de higiene desses espaços. Não renegamos este papel que sempre existiu e que devido à pandemia teve honra de primeiras páginas na comunicação social, que sempre coube aos assistentes operacionais, agradecemos este reconhecimento embora tardio e não por uma boa razão a Covid-19. Queremos lembrar os nossos governantes, que os trabalhadores invisíveis da educação não executam somente a limpeza dos espaços educativos, para a qual o Ministério da Educação e bem, teve o cuidado de dar formação profissional ministrada pelas forças armadas. Mas estes trabalhadores invisíveis precisam de mais formação para as outras áreas que aqui elencamos, e esperamos que o Ministério da Educação se sensibilize para esta realidade tão esquecida na comunidade educativa portuguesa, a não existência de Formação Profissional para o Pessoal Não Docente."

Como leigo, a Igreja tem cumprido a sua missão no seio das comunidades?
Sou um leigo Cristão Católico, e como todas as organizações a Igreja cometeu muitos erros ao longo da sua existência. Mas importa referir que a Igreja cresce por meio da caridade de seus fiéis e, só depois, nascem a estrutura e a organização, como frutos dessa caridade e para estar a serviço dela. 
São Lucas descreve a vida dos primeiros Cristãos: “perseverantes e bem unidos, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão pelas casas e tomavam a refeição com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e eram estimados por todo o povo. E, cada dia, o Senhor acrescentava a seu número mais pessoas que eram salvas.”
A estrutura e a organização nasceriam mais tarde, precisamente como fruto dessa caridade e ao serviço dela lembremo-nos das cuzadas por exemplo.
A Igreja é a Organização do Mundo que mais sofreu e atacada desde os primeiros Cristãos até aos dias de hoje, a Igreja resiste aos ataques quase diários, com a Igreja nasceram as escolas, hospitais, instituições sociais, foi a igreja que letrou a população, foi a igreja que apoiou os mais desfavorecidos, foi a igreja que acolheu milhões de pessoas nas suas instituições,
A pandemia do coronavírus trouxe um tempo diferente para a Igreja Católica diante da necessidade do isolamento social. 
Nessa realidade, as igrejas que são espaços da vida em comunidade e da vivência dos procuram novas alternativas para não deixar de manter contato com os seus fiéis e fazer com que todos não perdessem a referência vital de sua fé com as suas portas fechadas.
A Igreja com os seus enormes defeitos é ainda hoje e será a melhor Organização do Mundo e perdoará de forma infinita.

Como vês o futuro do Interior e das suas comunidades rurais?
O interior começava a ganhar alguma expressão no turismo, com ofertas e experiências únicas. Neste momento de pandemia, o sector do turismo é o mais afetado, pelo que o futuro do interior fica mais uma vez em suspenso.
As comunidades rurais estão envelhecidas e ao abandono e, tendencialmente, esta situação vai agravar-se. Por isso é que o papel dos jovens e das associações que dinamizam estas comunidades é cada vez mais importante.

A Guarda. Que urgências para ela?
Sem ovos não se fazem omeletes e sem população não existe crescimento sustentável, a Guarda necessita de um programa específico que ajude a fixar a população e aumentar a natalidade com incentivos tais como: Redução do IMI, redução da taxa de IRS, infantários gratuitos, criação de bolsas de estudo para os jovens, crédito mais vantajosos para empresas e aquisição de habitação permanente, canalização de apoios do Fundo Social Europeu para empresas sediadas na Guarda e Distrito e não para festas e festarolas.
Aqui sou de opinião que os Governos têm de aplicar uma “terapia de choque”, tipo deslocalizar serviços para o Interior de Portugal “obrigando” assim pessoas a deslocalizar-se, mas oferecendo salários condignos e condições condignas quer para os trabalhadores quer para os seus descendentes…
Realização de estudos do impacto financeiro dos eventos milionários realizados, que até agora desconhecemos se estão a trazer retorno para Empresários locais e consequentemente aumento da oferta de emprego.
Maior aposta no ensino universitário local não permitindo que o mesmo se extinga em poucos anos por falta, quer de financiamento, quer de matéria prima (alunos).
O restante todos nós sabemos!..

Nascido em Moçambique, que memórias desse país? Que pensas da descolonização?
As memórias de menino até à idade de 6 anos, são boas e menos boas, as boas as muitas traquinices que fazia era um menino feliz. As praias! Que magníficas praias sem ondas, nasci em João Belo a terra do gigante de Moçambique, o nome dele era Gabriel, nunca o conheci, mas ouvia muita histórias dele. Lembro-me muito bem de Lourenço Marques: aquelas enormes avenidas, a residencial onde dormia com os meus pais quando nos deslocávamos lá… o meu internamento no hospital por causa de um acidente de viação, o meu cão o Leão e a cadela Laica...
As lembranças com o meu primo paterno, o Rui- este para comer era um artista… eu a minha tia íamos com o artista até à linha do comboio para lhe dar comida... os meus primos: Nuno, Jorge, Carlos e Raquel filhos do meu Tio Fernando... que recordações, desde partir carros, sei lá... tanta coisa…
A descolonização? Não havia outro caminho, tinha que ser feita, outra solução? Portugal estava em guerra há 13 anos, milhares de mortos, o povo exigia como contrapartida a independências das colónias, Portugal era único país da Europa a manter-se como colonizador em África, não havia espaço nem tempo para a consulta eleitoral ou referendo, o regime da direita não apresentava outra solução que não passasse pela continuidade do conflito, assim, de uma forma geral, contra o mundo. Agora os moldes como foi feita isso pode-se discutir, mas uma coisa é certa, tinha que ser feita, é verdade que doeu muito a quem viveu lá e teve que vir para cá, a maioria sem nada; a maneira como fomos vistos pela sociedade de cá... houve momentos miseráveis de mentes mesquinhas e tacanhas, olhavam para nós como os “outros” os “tesos”, para esses eu digo… ide dormir.

Que te diz Vila Mendo?
Vila Mendo diz-me muito tenho laços de sanguinidade com a família Gonçalves Soares, os Meus primos Vítor, Paulo e Luís Filipe e os meus Queridos Tios. Foi em Vila Mendo que bebi os meus primeiros tintinhos, as minhas primeiras minis, foi em Vila Mendo que comi muito queijo e bom, foi em Vila Mendo que conheci a agricultura, aquelas tardes loucas de sementeira das batatas. Foi em Vila Mendo que assisti à multiplicação do vinho- sim do vinho!- numa tarde de sementeira de batatas o vinho escasseava e o meu Tio Ismael Nunes Soares, diz a meu Pai: “ Messias já tenho pouco vinho, o que faço?" e o meu Pai diz: “Ismael dá aí o vinho que eu já resolvo"; e assim foi, o Messias foi buscar água, depois acrescentou uns corantes, o vinho triplicou e foi bebido! Foi em Vila Mendo que fiz gincanas de bicicleta. Foi em Vila Mendo que fiz muita coisa!..
A Lembrança dos verões dos anos 80, ouvia histórias no largo do chafariz, na altura das matanças… o ti Zé Miuzela, homem encantador… o ti Deonaldo, vizinho dos meus tios, o Ti Zé Soares, homem fervoroso do futebol... Foi em Vila Mendo que comecei a gostar do Eurovisão. Foi na casa dos pais do Zé Albino que via televisão… tantas histórias… Vila Mendo é Sublime, Vila Mendo é o exemplo vivo de uma comunidade que todos sentem e que todos a vivem. Obrigado Vila Mendo. 






quarta-feira, 3 de junho de 2020

Memórias Paroquiais

Graça Sousa- professora

A freguesia de Vila Fernando nas Memórias Paroquiais de 1758 – Parte 1
“Um aviso de 18 de Janeiro de 1758 do Secretário de Estado dos Negócios do Reino, Sebastião José de Carvalho e Melo, fazia remeter, através dos principais prelados, e para todos os párocos do reino, os interrogatórios sobre as paróquias e povoações pedindo as suas descrições geográficas, demográficas, históricas, económicas e administrativas, para além da questão dos estragos provocados pelo terramoto de 1 de Novembro de 1755. As respostas deveriam ser remetidas à Secretaria de Estado dos Negócios do Reino.”
(Arquivo Nacional da Torre do Tombo – https://digitarq.arquivos.pt/)

As questões enviadas aos párocos de todo o país dividiam-se em três temas: a terra, a serra e o rio. 
Eis aqui algumas dessas questões e as respostas escritas pelo Pe. Policarpo da Cruz, nessa altura Vigário da freguesia de Vila Fernando. (Para facilitar a compreensão do texto, usou-se, por vezes, uma versão mais recente de algumas palavras.)

I - O que se procura saber dessa terra é o seguinte…
Venha tudo escrito em letra legível e sem breves(1) (1breves=abreviaturas)

1.º Em que província fica, a que bispado, comarca, termo e freguesia pertence?
Está este lugar e freguesia de Vila Fernando na província da Beira, aro, termo, bispado e comarca da Guarda, e é freguesia sobre si? Matriz, que se compõe de oito lugares e algumas quintas.

2.º Se é d’el-rei, ou de donatário, e quem o é ao presente?
É donatário desta igreja o Reverendo Tesoureiro-mor da Sé da cidade da Guarda, hoje Alexandre Cabral Godolfim.

3.º Quantos vizinhos tem e o número das pessoas? 
Tem esta freguesia toda 406 fogos1, e pessoas de confissão e comunhão 1009 pessoas, e de confissão somente 210, entre machos e fêmeas. (1fogos=casas de família)
(Nota: “pessoas de confissão e comunhão” – Esta expressão referia-se, habitualmente, a todas as pessoas com mais de 12 ou 14 anos. “pessoas de confis­são somente” – A expressão deveria abarcar todos os que tinham entre 7 e 12/14 anos.)

4.º Se está situada em campina, vale, ou monte, e que povoações se descobrem dela, e quanto dista?
Está situado em plano, e descobre-se deste lugar a cidade da Guarda, que fica em serra para a parte do poente.

5.º Se tem termo seu, que lugares, ou aldeias compreende, como se chamam, e quantos vizinhos tem?
É este lugar de Vila Fernando termo da cidade da Guarda; tem cinco concelhos, com seis varas de juízes, a saber, este concelho de Vila Fernando duas varas, que se compõe deste mesmo lugar que tem 48 fogos, a Quinta de Monte Carreto que tem 23 fogos, a Quinta de Cima que tem 29 fogos, a Quinta do Meio, que tem 24 fogos, todos estes pertencentes a este concelho 
Concelho de Albardo que tem 74 fogos, e lhe pertence a Quinta de João Dias que tem 16 fogos 
Concelho de Vila Mendo que tem 47 fogos
Concelho do lugar do Adão que tem 98 fogos
Concelho do lugar de Pousafoles o Roto que tem 49 fogos, que todos fazem a quantia dos ditos 406 fogos.
(“Os priores da Guarda, que responderam, em conjunto, ao inquérito sobre a cidade, deixaram registado, no ponto cinco, o seguinte:“Já se disse ser esta cidade cabeça do seu termo, que consta de 51 lugares, que são: […] a freguesia de Vila Fernando, que consta deste lugar, do Roto, do Adão, de Vila Mendo e Albardo, que são lugares que têm juízes distintos, e tem 400 fogos […]”)

6.º Se a Paróquia está fora do lugar, ou dentro dele, e quantos lugares, ou aldeias tem a freguesia, todos pelos seus nomes?
Esta paróquia matriz está quase fora do lugar, mas há ainda três casas à roda pela parte do nascente. Foi esta igreja feita de novo a fundamentis(1), porque a que havia era pequena, no ano de 1747, à custa da freguesia, com algumas esmolas, e principalmente a do Exmo Prelado deste Bispado, e do mesmo donatário. (1a fundamentis – de raiz)

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Coisas... pessoais e...

José Monteiro- professor
Coisas... pessoais e (des)conexas

Uma pergunta:quem sou eu/nós? (desde a leitura da Aparição)
Um sonho: ter eternamente aqueles de quem gosto comigo.
Uma pessoa: Família.
Uma alegria: saber estar onde não estou.
Um pensamento: "Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga
Uma preocupação: Onde nos levará tanto egoísmo?
Uma Paixão: a escrita e a leitura.
Um Lugar: Quinta dos Prados (quase a ver Vila Mendo)
Uma irritação: a desumanização.
Uma saudade: o sorriso franco e aberto das pessoas. A confiança no outro.