terça-feira, 26 de abril de 2022

"Guarda-me no Coração"

Na iniciativa da Diplix Audio (Academia): "Guarda-me no Coração", Andrea Soares e o coro do Centro Cultural da Guarda: "Cantar Tradição"

segunda-feira, 25 de abril de 2022

sábado, 23 de abril de 2022

terça-feira, 19 de abril de 2022

Retalhos da Vida

Depois de te sumires no afã dos dias, assomas-te agora luzente, acariciando, no teu regaço de Terra-mãe, os teus filhos...

 

sexta-feira, 15 de abril de 2022

segunda-feira, 11 de abril de 2022

quarta-feira, 6 de abril de 2022

Ocaso(s)

O ocaso do dia mimoseia-nos uma matiz celeste que infunde, no íntimo do ser, o anseio por... Sermos... maiores...

sexta-feira, 1 de abril de 2022

Que mundo-outro queremos, que mundo-outro teremos?- a guerra na Ucrânia

espécie de ensaio- 1º parte- (no seguimento de outra reflexão “Vida e(m) pandemia” publicada aqui nos dias 25 de Junho, 2 de Abril e 5 de Fevereiro de 2021). Faz-se também um parênteses à continuação do "Pessoas: Político(s) e política(s)- o fim dos partidos?” (publicado aqui no dia 30 de dezembro de 2021), para uma abordagem à conflitualidade na Ucrânia que ameaça a paz mundial e por inerência e consequência a existência do ser humano.

Falar de ameaça à paz é já de si algo um tanto ou quanto inusitado, que não vai de acordo à realidade daquilo que se passa no planeta. De facto, o Homem nunca esteve em paz desde os primórdios. As diversas civilizações foram forjadas, alimentadas, violentadas e extintas a ferro e fogo- sempre (ou praticamente) no espectro da inumanidade.
A guerra sempre foi algo de presente, quase que imanente à condição humana; a sua história foi de conflitualidade latente e constante, pelo que não nos devemos admirar/surpreender que tal aconteça agora, amanhã, depois- num eterno regresso do mesmo… porventura, a nossa sociedade ocidental (europeia em particular) não concebia uma contenda às suas portas; talvez porque se achasse que se tinha alcançado um tal grau cultural: conhecimento, educação, economia, liberdade democrática… que se pensou ter chegado “ao fim da história”- não no sentido literal da expressão-conceito, mas numa perspectiva de que depois da liberdade democrática (da Democracia, portanto) nada viria de melhor, nem acrescentaria algo de substancial à existência humana- pelo que seria uma questão de tempo até que outros povos e civilizações aderissem aos nossos valores e modo de vida, num efeito de contágio-mimético imparável e compressor que garantissem paz e prosperidade ad aeternum.
Contudo e apesar da alta globalização, pessoas há que não conhecem o nosso viver em sociedade; outras há que as não deixam; algumas mais que lhes será indiferente e outras ainda que, pura e simplesmente, não querem o nosso modelo. Perante isto, e acreditando no valor intrínseco dos nossos valores e ideais, temos de convir que a humanidade em geral não está (se é que alguma vez vai estar) preparada, disposta, ansiosa por viver/existir no nosso modo de vida.
De forma acintosa e intrusiva, tentámos impor o nosso padrão de sociedade através do colonialismo e imperialismo- não resultou muito bem; tentámos e tentamos através de uma interdependência global e… não está a decorrer como suposto.
Temos então de, a todo o custo, proteger e defender tudo aquilo que nos norteia enquanto civilização ocidental, acolher bem quem a nós se quer juntar e sobreviver a tempos complexos, de forma decidida e não titubeante, aceitando e respeitando criticamente que nem toda a humanidade quer/pode partilhar connosco a nossa matriz existencial/vivencial.
O conflito na Ucrânia é, na sua génese, um conflito de duas formas de perscrutar a vida, o mundo e, sem qualquer laivo superior, a visão ocidental é mais consentânea com os valores humanistas (que enraízam e têm o seu sustento nos valores cristãos, é preciso dizê-lo) e portanto garante dos direitos (deveres), liberdades e garantias que nos tornam uma sociedade mais justa, mais inclusiva e repulsiva de quaisquer pretensões de asfixia individual e colectiva.
Não tenhamos dúvidas (ou pelo menos ilusões): o caminho na defesa destes princípios, far-se-á com diálogo, muito diálogo e compreensão, mas acompanhado (entre inúmeras outras questões) na diversificação da origem das fontes de energia, numa reindustrialização estruturada, planeada, futurante e numa aposta clara na defesa militar: o ser humano é conflituoso entre si e, talvez, ainda mais conflituoso em si (interiormente), pelo que alguns só entendem a lei da força e só páram (ou não avançam) se souberem que somos tão ou mais fortes que eles- o que nos leva a um paradoxo (estamos cheios deles): se queremos paz, temos de estar preparados para a guerra; conquistamos a paz, não a construímos (como seria desejável e como o fazemos individualmente no nosso dia-a-dia).
No decurso do tempo, as guerras foram inúmeras e constantes, mas o ser humano resistiu e evoluiu. Todavia, face ao avanço tecnológico, um confronto total pode ser o fim da humanidade e aqui sim será “o fim da história” literalmente.
Infelizmente será esse o destino e fim trágico do Homem: a sua própria extinção; daqui a uns anos, daqui a uns séculos, daqui a… a não ser que o nosso modelo civilizacional (nos entretantos da história) consiga, pelo exemplo e perseverança, seduzir (sem se sobrepor) as demais culturas. É caso para dizer: tenhamos fé e confiemos (ainda) na inteligência e racionalidade humana.
Mas de que racionalidade falamos?