quinta-feira, 29 de abril de 2021

Retalhos da Vida

Ali para os lados da Barroca, Luís Pereira- desacompanhado (de gente)-  remedeia o pai na vigia do gado enquanto os cãezitos se mostram mais devotos à distração do que à guarda; até porque os lobos já não abundam por estas bandas... e, bem vistas as coisas, face ao porte, a sorte de tal empenho seria modesta.
Retalhos da Vida... em Vila Mendo
 

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Retalhos da Vida

Malgrado a cruz inestética e o altifalante inenarrável, a Capela ainda aguça uma certa aura de mistério e assombro que as crianças aproveitam para recrear; moldando a sua personalidade na tenção de serem adultos conscienciosos...
Retalhos da Vida... em Vila Mendo! 
 

quinta-feira, 22 de abril de 2021

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Tempos

As crianças servem-se do tempo  para se desenfadarem, neste... tempo atreito a desligamentos... Tempos...  
 

sábado, 17 de abril de 2021

Melhoramentos

A nova direcção colocou portas novas na Associação.

quinta-feira, 15 de abril de 2021

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Retalhos da Vida

Manuel Marques
Pressuroso, nunca quedo, Manuel da "Auzenda" orienta as cabras até à corte- que ainda  vai zelar pelas vacas, pela horta ou por qualquer outra lide que assome casualmente...
Retalhos da Vida... em Vila Mendo.

sexta-feira, 9 de abril de 2021

terça-feira, 6 de abril de 2021

Gentes da Terra

Sr. Ismael
A preparar a horta com todo o cuidado e parcimónia.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Vida e(m) pandemia

Vida e(m) pandemia
espécie de ensaio- 2ª parte do texto publicado no pretérito dia 5 de Fevereiro

“Como começar a alterar isso: valorizando, reconhecendo e assumindo o ontem; pensando e fazendo o hoje; antecipando o amanhã…”
Obviamente que este processo não é algo repentino que mude por artes mágicas. Contudo este é o caminho, difícil por certo. É um processo individual, antes de mais, que começa nos pequenos “quês” do dia-a-dia, mas que ancora em elites formadas e informadas que sejam farol e guia nestes tempos conturbados.
Se analisarmos bem (numa escala macro), e não querendo ser injusto perante diversos actores ao longo da história de Portugal, quem é que valorizou, reconheceu e assumiu o ontem, pensou e fez o hoje e antecipou o amanhã? Parece claro! D. João I, Infante D. Henrique e companhia como o início dos Descobrimentos (ainda se pode chamar tal?!.). De resto, e sem querer ser simplista, parece que foi, e passe a expressão, “pontapé na bola, xuto para a frente e fé na providência.”
E estamos onde sempre estivemos, dependentes de um qualquer milagre: o comércio das Índias, o ouro do Brasil, as colónias africanas, os fundos europeus… sobrevivemos sempre à espera que algo aconteça: não porque se tenha capacidade de prever e planear em conveniência, mas numa lógica de desenrascanço (onde somos realmente bons, diga-se) que chega para sobreviver mas não (talvez) para Viver.
Como País, existiremos por muitos mais séculos, sem dúvida- que o milagre do nosso surgimento já será eterno- de desenrascanço em desenrascanço iremos perdurar; importa saber a que custo e com que dificuldades e sofrimentos nos iremos deparar “para que fosses nosso oh mar”…
De qualquer modo, as elites que nos governam e governaram emanam aquilo que somos enquanto povo, mas primeiramente enquanto indivíduos e ao responsabilizá-los- por si só- estaremos a fazer aquilo que é uma das características (quase que inatas) dos portugueses: os “queixumes” combinados com uma pitada de intriga e mesclados com uma boa dose de inveja. De facto, esta “nobre” arte de nos queixarmos (por tudo e por nada) poderia ser (e é também muitas vezes) uma forma de crescimento enquanto nação, na perspectiva de conhecermos e lutarmos pelos direitos que nos assistem, na perspectiva de podermos alterar para melhor a comunidade, a sociedade, o mundo em que vivemos.
Todavia, este lado profícuo dá lugar a um queixume maldizente em que se diz mal de tudo e todos numa lógica de oposição- Eu contra o Outro- Eu que sei e tenho solução para tudo, contra o Outro que nada sabe e tudo faz mal; são as conversas de café, de rua, de tantos e tantos momentos, contínuas e corriqueiras e, não raras vezes, mal intencionadas. Paradoxalmente, estas queixinhas são alimento de coesão entre pessoas, entre grupos, entre comunidades, entre o próprio país e a sua identidade: aquilo que poderia ser visto como negativo e nefasto (que é), torna-se um elo, uma afinidade entre indivíduos. Convertemo-nos em arautos da desgraça e nessa desgraça mantemo-nos unidos numa identidade- a de Portugal. Naturalmente que uma identidade forjada em tais princípios (outros há, por demais superlativos) não pode trazer grandes benefícios (a não ser a existência dela mesmo) porque essas queixas, esse desfilar e destilar de problemas (culpa dos outros, claro) não pressupõem nenhuma acção transformativa para se corrigirem e alterarem: diz-se por dizer, não para fazer, porque quem tem de fazer e mudar é o Outro. E quando misturamos as queixas e o maldizer a um certo poder de decisão obtemos aquilo a que vulgarmente se chama de burocracia: tudo é bloqueado nuns quaisquer níveis de definição, provocando a exasperação daqueles que querem resolver situações da sua vida. Assim, é recorrente a inacção dos serviços (públicos) que numa aparência de grande azáfama e volume de trabalho acabam por suspender decisões de forma rápida e útil por pequenas questiúnculas que só servem para atestar o ego (narcisista e invejoso, por vezes) da suposta importância de quem decide; os pequenos poderes instalados na hierarquia da administração (pública, maioritariamente) são profundamente paralisantes e castradores de uma verdadeira simplificação de procedimentos e consequente transformação de mentalidades que permitam um salto daquilo a que denominaria de modernidade-operante que nos permita (enquanto povo) Viver e não sobreviver nos solavancos da história…