quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Pequenas anotações em jeito de balanço

É fim de ano e, portanto, é um tempo propício a balanços. Não vou discorrer acerca do que feito (quem nos acompanha aqui ou presencialmente nas actividades que fazemos sabe das dinâmicas criadas), tão só referir que se tivéssemos melhores apoios institucionais, faríamos certamente mais, certamente melhor. Contudo estamos certos, porque estamos a trabalhar para tal, que 2016 será um ano com mais actividade e com melhor actividade. Constrangimentos económicos não nos deixaram realizar duas actividades previstas (marcantes). Este ano queremos (vamos) realizá-las. Brevemente colocarei aqui o Plano de Actividades a realizar e que já foi candidatado ao IPDJ e à Câmara da Guarda.
Aproveitamos também para agradecer a todos aqueles que nos ajudam, apoiam e incentivam; bem-hajam.
Um agradecimento ao IPDJ pelo apoio (tão importante) concedido anualmente. Ainda que o apoio tenha sido menos significativo, agradecemos o apoio da Câmara da Guarda. Uma referência para FDAJ (Federação Distrital de Associações Juvenis) sempre pronta a colaborar e a aconselhar. Agradecimento também à Junta de Freguesia de Vila Fernando.
Um ano repleto de coisas boas para todos os que são nossos amigos, para todos os que são amigos de Vila Mendo. Bom ano.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Fogueira de Natal

 Os "acendedores"- Armando e Carlos

Élio; Armando; Carlos; Zé Albino

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Pequenos retalhos da Vida... em Vila Mendo

Em Vila Mendo, tal como na maior parte das aldeias, é costume os padeiros, merceeiros e outro tipo de comerciantes irem vender os seus produtos. Aliás já têm dias determinados para o efeito; assim as pessoas durante todos os dias da semana, à excepção do Domingo, sabem, mais ou menos, quem é e o que vêm vender. Contudo o apito, com que se fazem anunciar, ainda constitui motivo de alguma incerteza e traz uma certa agitação e curiosidade que vem quebrar o lento respirar dos dias: “- Este apito deve ser o padeiro do Marmeleiro.”; “- Então hoje o padeiro de Pêga ainda não veio?”; “- Este apito não é o do Silvino, mas hoje é Quinta-feira?”; “- O Dias já chegou.”… Às vezes chegam a juntar-se no Largo do Chafariz (antigamente Largo da Amoreira) mais do que um vendedor. São momentos intensos, de conversas cruzadas, em que as pessoas (normalmente as mulheres) trocam argumentos a favor de uma causa, lamentam-se pelas maleitas que teimam em surgir em catadupa, esgrimem previsões acerca do tempo que vai beneficiar ou prejudicar as hortas, fazem dois ou três comentários sarcásticos e altamente corrosivos acerca deste ou daquela e falam... falam… e zangam-se, por vezes… e falam… e vão-se embora… e voltam… de novo para principiar do princípio mais um dia surpreendente e previsível; mais um momento enfático e frívolo… para simplesmente… a existência dos dias demorados ter… sentido… o seu sentido… o seu próprio sentido… São retalhos pequenos de uma vida… da vida em Vila Mendo… da Vida…

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A (im)perfeição dos dias- livro de poesia de José Manuel Monteiro

O Professor José Manuel acabou de editar um livro de poesia. Ainda o não adquiri e por isso não posso fazer qualquer tipo de consideração mais concreta e objectiva, mas conhecendo o Professor como conheço ( fui seu aluno de Latim e Português no Seminário da Guarda) é com certeza um livro de qualidade que recomendo vivamente. Costuma publicar alguns dos seus poemas no blogue "Ar da Guarda" que recomendamos aqui no blogue. Colaborou também no nosso Caderno de Memórias. O Professor é próximo das nossa Terra, dos Prados, freguesia das Panoias. Neste momento dá aulas na Escola Secundária Afonso de Albuquerque (Liceu) na Guarda.
Em meu nome, e em nome da Associação de Vila Mendo, as nossas saudações por este desiderato. 

"A obra reúne 77 poemas de José Manuel Monteiro, que aponta no Prefácio a "busca da perfeição" como "condição de todo o ser humano". José Manuel Monteiro assinala as palavras como "alimento do espírito" e faz radicar na figura dos pais a educação para o domínio da linguagem, paralelamente à construção da identidade, repartindo também com eles a autoria e o mérito destes poemas."- Blogue Exppressão

" Um livro é uma casa onde cabem muitas vozes. E como há casas grandes, médias e pequenas assim também acontece com os livros. Este é um livro modesto e quer apenas ser o eco de múltiplas vozes que o rodeiam e o tornaram possível. Que o fizeram respirar. Que o fizeram pulsar. Que o fazem permanecer vivo.
Que vozes são essas?
1. a voz da poesia: atraente, sedutora, simbólica, maviosa, denunciadora, laudatória, musical. Os poemas acontecem, como dizia Fernando Pessoa e Sophia Andresen. Surgem, insinuam-se, crescem e amadurecem nas folhas límpidas dos livros. A poesia é a voz da vida.
2. a voz das raízes: somos o que somos porque alguém nos ensinou a ser, a estar, a enfrentar a vida. Somos o que somos porque alguém nos deu a vida e a fala. No sangue, no seio alimentador, no puxão de orelhas na hora certa ficou a marca de quem nos precedeu, de quem nos alimentou a alma e nos ofertou o exemplo a seguir. Quem diz raízes, diz família. 
3. a voz dos poetas: que lemos, que nos deliciam ou nos arranham o espírito para nos fazer despertar. A clareza de Sophia, a genialidade de Pessoa, o rigor de Eugénio, o cheiro a urze e a terra molhada de Torga. E quantas mais vozes que continuamente nos arrebatam, nos empolgam, nos levam para o mundo da fantasia poética e literária.
4. a voz da cidade: no frio, na neve, no prosaísmo dos pardais a saltitar, no ruído das ruas a empalidecer com os últimos raios de um sol poente. Nas leituras de Augusto Gil e de Nuno de Montemor, de Vergílio Ferreira e Manuel António Pina, nas memórias de Eduardo Lourenço e de Bonito Perfeito, de Manuel Poppe e de Virgílio Afonso.
5. a voz das pessoas: dos colegas que nos animam, dos alunos que puxam por nós, dos amigos que nos incentivam a registar para o futuro as palavras que mastigamos.
6. a voz da lua: seja ela quem for ou o que for. Ignota e persistente inspiração umas vezes fértil e fluente, outras infértil e perra. Umas vezes em lua cheia de plenitude, outras lua nova desaparecida.
7. a voz da música: as harmonias fecundas que enredam as palavras no doce sabor das ideias.
E mais vozes haveria a enumerar, mas fundamentalmente são estas que percorrem as páginas (cheias) deste livro. Que sejam alívio e conforto nas alegrias ou nas tristezas da vida. Com alegrias e tristezas nasceram porque elas também são a vida. Como a poesia é a vida." José Manuel Monteiro- (05/12/2015)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Santo André

Hoje, 30 de Novembro, é dia Santo André, Padroeiro de Vila Mendo. Haverá Eucaristia pelas 19h. É o dia em que os mordomos deste ano passam o testemunho aos novos mordomos e apresentam as contas da Festa.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Vendedores ambulantes

  Venda de pão- Sr. Virgilio, Padeiro do Marmeleiro 

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Vila Mendo no Aquilo Teatro- Jantar Popular

Amanhã o "Jantar Popular", actividade organizada semanalmente pelo Aquilo Teatro na Guarda, vai ser protagonizado por Vila Mendo. Eis a ementa:
Entrada: Chichorros. Pratos: Batatas Compostas; Guisado de Porco em panela de ferro com batatas torradas na grelha. Sobremesa; Biscoitos em forno de lenha.
O Chichorro:
Havia duas qualidades: o do coiro, que era constituído, basicamente, pela carne entremeada cortada em pequenos pedaços e o do “Redanho”. Este apenas era constituído pela gordura existente nas massas gordas do animal.
A sua confeção era simples. A carne era introduzida em panelas de ferro diferentes e aí fritos na própria gordura que libertavam. Apenas lhes era acrescentado sal grosso a fim de realçar o seu sabor. Depois de já confecionados, eram então exprimidos para que o excesso de gordura fosse libertado. Depois de arrefecerem eram comidos com uma fatia de bom pão centeio e um melhor copo(s) de vinho tinto. Este constituía um simples mas muito apreciado petisco nesses dias intensos de azáfama mas também de convívio.
Guisado de porco:
Carne de várias partes do porco feita na panela de ferro (na forma como é feita é que reside o “segredo”).
Batatas compostas:
Batatas reaproveitadas do dia anterior e preparadas de forma simples mas muito saborosas (não levam qualquer carne).
Os Cozinheiros
A Associação de Vila Mendo tem nas suas fileiras 3 conceituados cozinheiros. Neste momento estão numa acesa disputa pelo cargo de grandíssimo prestígio e estatuto: Cozinheiro Chef de Vila Mendo. A competição tem sido intensa, peculiar, inusitada, por vezes, e com um desfecho de todo imprevisível. Depois de infindáveis repastos, tertúlias, reflexões, argumentações e contra-argumentações… eis que o Aquilo Teatro e a Guarda poderão receber mais um duelo (a três!) sobre a arte de bem cozinhar os produtos da Terra.
Nota: Se no dia 21 de Novembro não houver jantar, tenham medo… muito medo… começou a III Guerra Gastronómica!
Júlio Pissarra: Consultor e formador, é adepto dos pratos fortes e corpulentos à boa maneira da região da Guarda. Qualquer repasto tem de ser confeccionado com tempo… com muito tempo… com muito, muito tempo… tal como a sua degustação…
Luís Costa: Escrivão adjunto do tribunal, pragmático e rápido na abordagem e preparação das ementas, mas apreciador da arte de bem comer. Exerce , às vezes, um tom conciliador, outra vezes… não! Incorpora várias tendências.
Mário Maria: Técnico da Administração Tributária, adepto também dos pratos condimentados mas com a introdução de umas variantes da cozinha francesa que origina, não raras vezes, “conflitos” com o Júlio pela supremacia culinária… O tempo é essencial na feitura dos seus cozinhados.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Tradição e Memória: Cozer do Pão no Forno Comunitário

Mais uma actividade realizada que constava do nosso plano anual. Uma acção que, pela sua natureza, tem sempre uma boa adesão e participação. Uma forma de preservar as nossas tradições e as memórias associadas. Este ano resolvemos dar um pão a cada casa de Vila Mendo. Um gesto simbólico para agradecer o apoio que recebemos por parte da comunidade. Foi uma actividade apoiada pelo IPDJ.







quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Água Canalizada, finalmente, em Vila Mendo!

Recebi, ontem, do Bruno Pina, Presidente da Junta de Freguesia de Vila Fernando uma excelente notícia: Vila Mendo vai, finalmente, ter Água Canalizada. As obras começarão no início de 2016. A nossa Terra seria das poucas a nível do concelho (e até a nível do país) que não tinha esta infraestrurura. Seria também uma boa oportunidade para embelezar um pouco a aldeia através do calcetamento das ruas, nomeadamente do Largo do Chafariz (esteticamente o alcatrão dentro das aldeias fica tão mal, ainda para mais esburacado...).
Ainda há muito a fazer para que Vila Mendo tenha as condições mínimas que uma comunidade qualquer deste país exige, mas como diz o ditado " vale mais tarde do que nunca". Agora é fazer forte pressão para que o Saneamento seja também uma realidade. Aliás, os esgotos ainda são uma necessidade mais premente do que a água: dezenas de furos de água contíguos a dezenas de fossas não é de todo aconselhável, mas esta é a realidade desde há muito; o que vale é a preciosa água do chafariz...
Não deixa de ser sintomático as assimetrias e desigualdades entre o interior  e o litoral e mesmo entre comunidades do nosso interior: enquanto nós ainda suspiramos por aquilo que há de mais básico e primário para uma qualquer comunidade se estabelecer e desenvolver, outras há que já nem sabem o que hão-de fazer mais nas suas terras, mas continuam a fazer e a exigir coisas sem sentido, muitas vezes. Quando dentro do Interior, dentro do mesmo concelho, há tantas diferenças não sei se haverá muita legitimidade para se levantar  a bandeira da Interioridade, não é?

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Estórias de Vila Mendo

Depois da intervenção dos militares na casa da escola, ou casa da professora, após o 25 de Abril de 1974, criámos o Clube da Juventude nesse espaço. Esta experiência foi mal sucedida porque nessa época não se conseguiu reunir as condições e apoios para que o projeto tivesse pernas para andar.
No entanto, passaram-se ali alguns serões agradáveis e recordo, particularmente, mais dois episódios: 
A galinha decepada que caminhava
Recordo-me de uma noite em que, depois de um jogo de “lerpa”, o Adérito para pagar as dívidas foi buscar uma galinha à capoeira dos pais para fazermos uma patuscada. Eu e o Jorge Pereira ficámos com a tarefa de matar a pobre da galinha. Saímos do salão e fomos matá-la num dos terrenos que ladeiam o largo. Segurei-a com as duas mãos, enquanto o Jorge lhe agarrou na cabeça e cortou o pescoço. Para não me sujar com o sangue larguei-a e, para espanto nosso, o animal começou a andar… parecia fugir ao destino. Claro que nós fugimos para o lado contrário e fomos para o salão relatar o insólito acontecimento.
Só a fomos buscar depois de uma grande galhofa e a pobre da galinha acabou por ser cozinhada mas de tão rija, estava verdadeiramente intragável. Devia ser a mais desdentada da capoeira!
Patifaria
Noutra noite, depois do fecho, decidimos colocar todos os carros de bois e carroças que estivessem na via pública virados de lado, isto é com uma das rodas no ar. Para disfarçarmos a autoria da brincadeira nem os dos nossos familiares escaparam.
Na manhã seguinte a pacata aldeia acordou em verdadeiro alvoroço. Só podia ser coisa de gente estranha à aldeia diziam.
A sra. Maria afirmava “os nossos não foram pois até nos colocaram o arado de madeira em cima do portão”; a minha mãe retorquia “ai os meus também não porque os nossos carros também estão virados”.
A estratégia resultou!
Devo acrescentar que fomos cuidadosos e, para além do incómodo, não causámos prejuízo a ninguém.

                                                                          Manuel da Silva Gonçalves

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Cozer do Pão no Forno Comunitário

No próximo sábado, a partir das 15h, vamos desenvolver mais uma actividade: Cozer do Pão no Forno Comunitário. Como forma de reconhecimento da Associação por tudo aquilo que a comunidade nos dá e nos ajuda, vamos dar pão, cozido no forno comunitário, a cada casa de Vila Mendo. Um gesto... simbólico... somente.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Momentos... na Luz...

No dia do Vila Mendo On Tour. Algum pessoal a ver o Benfica.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Encontro Micológico

Apesar da chuva, o I Encontro Micológico foi uma actividade bastante produtiva, tendo uma vertente formativa e pedagógica que importa realçar quando lidamos com produtos tóxicos e venenosos como é o caso dos cogumelos. O Eng. Joaquim Morais, a quem agradecemos a disponibilidade, simpatia e conhecimentos partilhados, elucidou-nos, de forma clara e objectiva, sobre as características dos cogumelos comestíveis dos potencialmente perigosos. De entre as inúmeras coisas a registar, menciono duas: 1- Na dúvida, nunca arriscar a comer um cogumelo quando há tantos, tão bons e seguros; 2- Os míscaros amarelos, que são dos mais consumidos e procurados, são tóxicos e até mortais se forem consumidos em grandes doses e várias vezes seguidas!.. Pois é! Estamos sempre a aprender. 
Para o ano teremos o segundo Encontro, sem dúvida.





sexta-feira, 30 de outubro de 2015

I Encontro Micológico

A ementa para o I Encontro Micológico será a seguinte:
Almoço: Arroz, na panela, de cogumelos silvestres acompanhado com mista de porco na grelha.
Jantar: Cogumelos do campo salteados acompanhados com chouriço. Guisadinho de cogumelos com entremeadinha, aromatizado com coentros da horta.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Vila Mendo On Tour- momentos

Manuel Corte- aniversariante
 Na Aldeia-Museu José Franco
 Na pousada de Catalazete-Oeiras
 Numa paragem em Abrantes