Trabalhos para a ACR Vila Mendo
sexta-feira, 28 de junho de 2024
quarta-feira, 26 de junho de 2024
sexta-feira, 21 de junho de 2024
a Contradição e o Anonimato e a Liberdade
(Publicado originariamente na edição do Jornal A Guarda do dia 13 de Junho)
Nós, Humanidade, somos contradição. Vivemos quase que permanentemente polarizados no sim ou não, no branco ou preto, no bom ou mau, no eu ou tu, no alegre ou triste, no feliz ou infeliz… somos assim e, por isso, assim Somos- verdadeiramente, e não mais e não menos, Humanos. É também tudo isso que nos define e nos imprime uma singularidade, uma perenidade no universo: somos assim e não sabemos se poderíamos ser de outra maneira!
Nesta imanente- quase que permanente, tantas vezes inconsequente, e ainda que a espaços rejuvenescente- contradição provamos a nossa humanidade, que cai e se levanta e caminha num eterno ciclo não circular, mas profundamente irregular (e errático também) e que nos permite ainda assim sermos felizes (sem nunca alcançarmos a felicidade como tal); provamos dos seus efeitos nefastos, sobejamente deprimentes e incapacitantes que se transmudam, com relativa facilidade, na estonteante capacidade do Mal-fazermos- ao Outro.
Da contradição “original, primordial”- de que emergimos enquanto Ser conscientes e capazes, ainda assim, de podermos fazer escolhas (melhores ou nem tanto) entre um infindável leque de decisões, tantas vezes omissões, com que nos deparamos continuamente na caminhada dura da existência- derivam todo um conjunto de pequenas (algumas delas inócuas) contradições, de pólos opositivos que se opõem, às vezes apõem e que nos condicionam e direccionam sobremaneira.
Uma dessas contradições poderá ser a visibilidade versus anonimato. De facto, num tempo de extensa e intensa exposição mediática em que quase todos querem ver, ser vistos e demonstrar as suas imensas singularidades e sabedorias é… curioso o anonimato; embora interessante perscrutar os seus motivos e anseios, as suas nuances e alcances. Fala-se aqui (só) do anonimato das redes sociais e suas peculiaridades, não daquele como forma de estar na vida sem a veleidade de deslumbramentos (ou daquele motivado por questões graves que representam perigos reais vários).
Se o anonimato se pode considerar (à partida) como um acto de liberdade (embora o conceito de liberdade careça de definição cabal e clara, até porque, se calhar, podemos nunca ser livres...), não é menos verdade que ele impacta sobejamente no Outro: quando serve para denegrir, ofender, levantar suposições rapidamente transformadas em suspeitas, e logo em culpas efectivas, ainda de que efectividade pouco ou nada haja…
As redes sociais são o espaço predilecto para os anónimos demonstrarem todos os males do mundo, e do seu pequeno mundo: tudo está mal; todos ou quase são incompetentes; todos ou quase estão pejados de intencionalidades más; as soluções mágicas; as desconsiderações mais do que muitas. E quando as motivações são ideológicas e partidárias temos a “cultura do anonimato” no seu esplendor… mais doentio, mais insidioso, mais contraproducente a transformações efectivas e afectivas na realidade, mais geradora de conflitos pungentes e permanentes.
Se num início o anonimato se pode considerar como um exercício de liberdade e da sua expressão própria, em instância última pode-se considerá-lo uma espécie de liberdade limitada, uma liberdade-truncada (logo uma não-liberdade) … O alvo dos anónimos também tem o direito de saber quem é a origem dos reparos. E quem faz os reparos não pode (não deve) definir-se, esgotar-se enquanto pessoa no anonimato e nos pareceres maldizentes subsequentes; não pode ficar numa suposta liberdade que não o liberta, só o enreda e aprisiona na penumbra, na amargura da existência como tal…
Contradições.
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quinta-feira, 20 de junho de 2024
Identerioridades
(Fotografia de Arménio Bernardo)
O nosso espectáculo teatral, na estreia em Vila Mendo- 5 de Agosto de 2022.
Brevemente, uma série de novas apresentações no concelho.
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quarta-feira, 19 de junho de 2024
sexta-feira, 14 de junho de 2024
quinta-feira, 13 de junho de 2024
terça-feira, 11 de junho de 2024
sexta-feira, 7 de junho de 2024
o Desporto e a Guarda e o NDS
(Publicado originariamente na edição do Jornal A Guarda do dia 30 de Maio)
A vida é feita de múltiplas dimensões, de inúmeras realizações, de um sem fim de suposições; tantas vezes contradições. Realizamo-nos em realizações efectivadas: às vezes tentadas e não conseguidas, e não cumpridas! Podemos até, e em instância última, realizarmo-nos em fazer nada (porque o nada já é antes de ser), porque o nada pode ser alavanca e impulso e desejo e sonho futuro que começa agora; nesse nada criativo e auspicioso; nesse sonho futuro que já é passado quando alcançado. Realizamo-nos quando Somos com o Outro.
E o desporto faz-nos ser no outro. Enleva-nos. Transcende-nos. Praticado ou só (como se fosse pouco) assistido empodera-nos, faz-nos crer que os limites estão aquém das capacidades humanas numa vertigem de superação contínua, esperando-se respeituosa. No desporto podemos alcançar o melhor de nós e esperar o superlativo dos outros.
Particularizando, a Guarda conta com um sem número de clubes (associações) que praticam as mais diversas modalidades; umas mais visíveis e massificadas, outras nem tanto. Todas ocupam o seu espaço e importância. Importância que se destaca (e mede) no impacto valorativo na formação global das crianças e jovens. Importa pois apoiar os clubes e as diversas modalidades que aportem um espírito consentâneo com os valores da tolerância, do respeito, da solidariedade, do importar-se com o outro, mesmo que adversário, que desembocam num valor mais abrangente: a fraternidade. E o Desporto na sua essência é fraterno (se o é tantas vezes na prática, é outra questão).
Na Guarda (e em todo o lado) os clubes têm de ter esta visão, logo esta missão de promover uma competitividade fortemente… competitiva, mas profunda e profusamente fraterna. A nossa comunidade e sociedade precisam de gente bem formada, bem orientada na liberdade, na crítica reflexiva, no profundo respeito pelo outro- que começa no profundo respeito por si próprios.
Cabe então ao poder político (local) apoiar fortemente esses clubes que acrescentam, que são mais-valia, seja monetariamente, logisticamente, seja também com o proporcionar espaços condizentes e condignos à respectiva prática. E aqui há muito a fazer; seja nas modalidades de pavilhão ou outras, seja em relação ao desporto mais popular, o futebol. Neste caso, a Guarda não pode ter quase só um campo sintético como o do Zambito: é muito pouco, é querer muito pouco, é não dar, ou pelo menos não reconhecer muito valor a tantos e tantos que estão envolvidos no futebol de formação (note-se a exemplo: a equipa de juvenis do NDS está a participar no campeonato nacional, o Zambito é, por diferença, o pior complexo de todas as equipas!). Pergunta-se: que imagem a Guarda dá de si? E a pergunta primeira: que imagem a Guarda tem de si?!. Urge resolver esta situação que devia estar rematada há décadas (outros resultados desportivos teriam sido alcançados, certamente).
A talho de foice, a formação (também a distrital) no futebol deveria ser canalizada para um único clube sénior (guardense), bem estruturado, superiormente dirigido, com pensamento estratégico de longo prazo: inusitado a nossa cidade não ter um único clube nos nacionais; e mesmo o distrito só teve um representante este ano, que já desceu…
Se existem clubes, e mais uma vez das diversas modalidades, que merecem nomeação e reconhecimento e simpatia, o facto de estarmos mais ligados a uns do que a outros leva-nos a referir aqueles que conhecemos melhor, porque acompanhados com maior proximidade, porque empática e emocionalmente ligados: o NDS (Núcleo Desportivo e Social).
De facto, o NDS tem sido uma referência, ao longo dos anos, em diversas áreas mormente na área da formação no futebol. É justo reconhecê-lo e referenciá-lo como um clube que já deu muito à pólis através dos ensinamentos e valores que transmitiu às contínuas gerações de jovens desde os seus alvores. Aos seus dirigentes, treinadores, colaboradores (apesar de muitos se não conhecerem) antigos e actuais: Obrigado. Aos pais que acompanham os seus filhos, uma saudação, frisando em concreto os pais que este ano têm acompanhado (e convivido) o campeonato nacional de juvenis: um sentido Bem-hajam. A estes atletas a exaltação da sua tenacidade, perseverança e sentido de equipa… que não desiste, persiste e insiste… apesar de tudo.
Ainda e outra vez a talho de foice: a propósito do despropósito da conduta de alguns pais/familiares de muitos e diversos clubes, ressalvar a pertinência de uma análise substantiva a todo o seu comportamento nefasto, deprimente e surreal, por vezes. Temática a merecer reflexão- grave e laboriosa.
O Desporto é (deveria ser) competição, mas ainda e sempre e acima de tudo Fraternidade verdadeiramente… fraterna.
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quarta-feira, 5 de junho de 2024
NDS- Juvenis- nacional
Nacional de Juvenis: último jogo da época com vitória sobre o Fátima por 3-2.
O Santiago Soares de Vila Mendo.
segunda-feira, 3 de junho de 2024
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