Nos pequenos ápices do dia a dia trocam-se impressões, apontam-se caminhos, traçam-se soluções...
quarta-feira, 30 de maio de 2018
sexta-feira, 25 de maio de 2018
Entrevista a Marisa Barbeira
Marisa da Silva Barbeira, 28 anos, Licenciada e Mestre pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Juíza estagiária no Tribunal de Setúbal.
Sou apaixonada por livros e viagens. Adoro estar sozinha, talvez por isso tenha escolhido uma profissão que por muitos é vista como solitária. Os meus amigos e a minha irmã dizem que sou um pouco “ bicho do mato”, porque odeio falar ao telefone, raramente respondo a mensagens e também não sou adepta das redes sociais.
1. Tiraste direito e agora estás a seguir magistratura. O que te levou a seguir Direito e mais especificamente a Magistratura?
Não posso dizer que sou daquelas pessoas que desde sempre quis seguir Direito, razão pela qual no secundário optei pela área de ciências e tecnologias. No entanto, quando cerca de uma semana antes do final da data das candidaturas ao ensino superior, decidi seguir Direito (devo dizer, muito influenciada pelo meu pai), sempre soube que o meu objectivo passaria pela magistratura, em particular pela magistratura judicial.
É uma profissão fascinante com tudo o que acarreta. É verdade que existe o peso da tomada de decisões que afectam de forma muitas vezes irreversível a vida das pessoas, sentenças que são proferidas de forma responsável e de acordo com aquela que é a verdade processual, que nem sempre corresponde à verdade real (o que muitas vezes não é compreendido pelos cidadãos), por outro lado, é inexplicável a sensação de - sempre de acordo com as determinações legais- fazer justiça no caso concreto.
2. Num tempo de tantos desafios na justiça, o que consideras essencial para que as pessoas tenham uma percepção diferente (mais positiva) dela?
Considero que o principal desafio dos Tribunais é hoje, como sempre foi, a realização da justiça no caso concreto. Ora, para quem julga existe uma consciência clara de que com as suas decisões haverá sempre alguém que ficará descontente. Também é notório que os meios de comunicação social manifestaram sempre uma particular apetência para noticiar os casos que correm menos bem, tentando de alguma forma descredibilizar o sistema judiciário.
O que no meu ponto de vista deve tentar ser melhorado é a comunicação, isto é, devem ser os Tribunais a passar a mensagem em primeira mão para os cidadãos, não deixando isso para terceiros que a possam deturpar de acordo com critérios muitas vezes de duvidosa eticidade.
3. Quando terminares a formação, imaginas o amanhã na Guarda?
Ser juiz em Portugal implica que, pelo menos nos primeiros anos de exercício de funções, se percorra quase todo o país, pelo que nos próximos anos dificilmente conseguirei assentar numa cidade, nesse contexto a Guarda estará sempre no meu leque de opções.
4. Como vês o (futuro) Interior e a Guarda por inerência?
Antes de vir viver para Lisboa, achava e de certa forma continuo a achar que as diferenças são abissais. Não podemos comparar a dinâmicas destas duas cidades, mas também é verdade que se me perguntarem se gostava que a Guarda fosse igual a Lisboa, responderia que não. O interior, e a Guarda em particular, distinguem-se pelas suas particularidades, que não encontramos em nenhuma outra região do país. Na verdade, não gostaria de ir à Guarda e sentir que o ar que ali respiro é igual ao ar poluído que encontro todos os dias ao sair de casa, sentir os empurrões nos transportes públicos tamanha é afluência de pessoas- o que se tem acentuado com o acréscimo do turismo.
No interior as pessoas são mais livres, de certa forma são “mais donas do seu tempo”. Mas também é verdade que as pessoas que vivem no interior não se sustentam com a qualidade do ar que respiram, é preciso mais.
Também acredito que num futuro a médio-longo prazo as pessoas se começarão a afastar dos grandes centros urbanos- basta atentar ao que se passa com o mercado de arrendamento em Lisboa, onde os preços são impraticáveis. Talvez aí as pessoas percebam as potencialidades do interior e venhamos a ter um país menos assimétrico.
5. Nascida e criada em Vila Mendo, que memórias reténs da infância?
Falar de Vila Mendo é falar de infância, adolescência e família. Foi aí que frequentei a escola primária e posteriormente o 5º e 6º ano na já extinta Telescola de Vila Fernando, vêm daí as minhas bases, foi aí que comecei a ganhar os valores que hoje me caracterizam.
É aí que volto sempre e recordo os tempos em que era criança e descia a correr a rua que liga a casa dos meus avós à casa dos meus pais. E os meus pais nunca me deixam esquecer de onde vim, para ter sempre a certeza de que nunca me desviarei daquele que é o meu caminho.
6. Como vês, que te diz Vila Mendo, hoje?
Vila Mendo para mim hoje significa família, é aí que vivem os meus pais e os meus tios (Rosária e Manuel) são as pessoas que desde sempre (juntamente com os meus avós) fizeram e fazem parte da minha vida e que quando estou longe me fazem sentir uma dor no peito à medida que o tempo passa e os vejo envelhecer- principalmente os meus tios atendendo à idade que já têm, sem poder estar junto deles como desejaria.
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Entrevistas
quinta-feira, 24 de maio de 2018
Entrevistas
Amanhã, entrevista a uma Vilamendense: Marisa Barbeira, juíza estagiária no tribunal de Setúbal.
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Entrevistas
terça-feira, 22 de maio de 2018
domingo, 20 de maio de 2018
quarta-feira, 16 de maio de 2018
XIV Encontro Motard
Dias 18 e 19 de Maio vai realizar-se, em Vila Mendo, o XIV Encontro Motard. Sexta–feira actuarão os “Red mustang”. Sábado à tarde actuará a dupla ibérica “Robaz & the Frans. Nessa mesma tarde haverá Freestyle com Rui Santos da Guarda. À noite é a vez dos “Prós e Contras”” actuarem com espectáculo que muito promete. Pela noite dentro haverá striptease. A boa gastronomia regional também não irá faltar, bem como muita animação e bom ambiente. Este encontro insere-se numa linha de actuação que esta associação tem vindo a implementar e que pretende valorizar as gentes das nossas aldeias, os seus costumes e tradições, por forma a criar toda uma dinâmica que seja causa de enriquecimento para as comunidades do interior.
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Actividades
sábado, 12 de maio de 2018
quarta-feira, 9 de maio de 2018
Mês de Maria
Domingo
A religiosidade nas nossas terras ainda se vai mantendo fiel à tradição, apesar das gentes serem cada vez menos e os exemplos (alguns) dos pastores da grei não serem os melhores...
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religiosidade
segunda-feira, 7 de maio de 2018
sexta-feira, 4 de maio de 2018
Momentos (insólitos)
No meio da estreita ruela, só, a cabra pasta como se de um prado verdejante se tratasse!.. Impávida, serena e alheia dos transeuntes...
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curiosidades
quarta-feira, 2 de maio de 2018
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