Feiras em Vila Mendo...
Este dilema surge quando se analisa o facto do grande Alexandre Herculano (que se saiba não se deslocou a Vila Mendo e a sua afirmação baseia-se em leitura de documentos manuscritos) mencionar a nossa terra como um importante entreposto comercial nos primórdios da nacionalidade portuguesa, e se analisa os espaços físico-geográfico de Vila Mendo.
Tendo em conta o empirismo, a geografia e algumas leituras de opiniões de recentes historiadores, leva-me a opinar que o Herculano terá confundido o nosso Vila Mendo com a vila de Castelo Mendo.
Depois de visitar, mais de uma vez, a antiga vila de Castelo Mendo, vi (para mágoa de um vilamendense) não só nas suas condições físico-geológicas, como também o casario da povoação testemunha a sua antiga grandeza, demonstrando que ali estão reunidas as condições logísticas tão necessárias à organização e à segurança das ditas feiras francas.
A “nossa” feira foi criada por Carta de Foral (doada à vila de Castelo Mendo), passada pelo rei Sancho II quando estava em Vila do Touro, a 15 de Março de 1229, com indicação de que será realizada por oito dias, três vezes por ano: na Páscoa, no São João e no São Miguel. Privilegiava todos os que a ela concorressem, tanto nacionais como estrangeiros, teriam segurança contra qualquer responsabilidade civil ou criminal que pesasse sobre eles.
Hoje para os estudiosos, não restam dúvidas de que o Grande Herculano terá confundido a pequena e pobre aldeia camponesa de Vila Mendo do concelho da Guarda, com a vila enobrecida de Castelo Mendo, do concelho de Almeida.
A minha discordância com o dito historiador é baseada nos seguintes aspetos:
A favor da realização das feiras francas em Vila Mendo:
a) O enorme baldio de que hoje resta a “Balça”. É um vale pouco acentuado que começa no Espinhal e termina no rio Noéme que se foi emparcelando. As duas últimas parcelas do seu desmembramento foram, na década de cinquenta, vendidas para angariar dinheiro para a construção da nossa escola.
b) As muitas nascentes que se podem encontrar no vale permitiriam matar a sede aos animais e aos feirantes. Os principais negócios das feiras, na altura, não passavam de trocas de produtos agrícolas e de animais (sobretudo ovinos e caprinos) e de algum artesanato.
c) A localização geoestratégica de Vila Mendo, ponto de encontro de muitos caminhos que seguem de sul e de sudoeste para a cidade de Guarda e de oeste para o Jarmelo, Trancoso (praças muito importantes de antanho. A via que vem de sul e que segue o serpenteado da margem direita do rio Noéme. O caminho que vem do Sabugal- Marmeleiro- Monte Carreto. O caminho vem do Adão e que segue em direção a Jarmelo,Trancoso...
d) A tradição oral que nos foi chegando. Neste aspeto, que me recorde, só após um trabalho de investigação realizado em 1978 pelo meu tio padre António, aquando da sua licenciatura em História, se começou, em Vila Mendo, a dar voz ao assunto.
Aspetos que põem em causa ser Vila Mendo um entreposto comercial.
a) A planta da própria povoação (desculpem-me pelos nomes topológicos que vou utilizar… mas não sei as novas denominações dadas às nossas ruas). Se tivermos em conta que:
. As casas da rua da Capela, a seguir à rua do Zé Velho, não terão mais de 120 anos. As casas dos “cristinas” e dos “cortes” são bem recentes. A casa da senhora Augusta ainda é mais recente. Penso que a nossa capela, durante muito tempo, esteve isolada do casario.
. Na rua de Baixo, a casa dos “marques”, abaixo da casa do Sr. Joaquim Pereira, terá a mesma idade.
. O mesmo acontece para a rua do “Pessigo”, a última casa era, até há bem pouco tempo, a do Sr. Armindo, antiga casa dos “dias”.
. Já me lembro de ver construir a casa que agora é do Sr. José Bragança (antiga casa do Sr. Acácio).
Pelo que, para a antiga povoação e tendo por centro a Moreira, o perímetro exterior do casario passaria num raio aproximado de 50 metros pelo Beco do Forno, “Pessigo”, Beco da casa do António Bragança, rua do Zé Velho, estendendo-se pela rua de Baixo até à casa do Sr. Manuel André, passando depois pela casa do meu pai (Joaquim Domingos), pela casa dos meus tios que estão no Alentejo e fechando-se o círculo do casario na casa da “ti Ana Corte” onde se une ao Beco do Forno. Este seria o perímetro no início do século XX.
(Se pensarmos que a nossa terra terá sido uma pequena quinta, “vila”, romana, pelo que terá pelo menos uns 1800 anos) logo, o espaço urbano pouco se desenvolveu. Penso mesmo que a primitiva aldeia foi constituída por pequenos aglomerados de casas que aos pouco se foram ligando. Esta hipótese parece-me razoável, uma vez que, ainda hoje, podemos, empiricamente, constituir alguns conjuntos de casas, tendo por base as portadas, no alçado frontal existem e estão viradas para o interior do casario, no alçado posterior, (parte de trás das casas), janelas inexistentes ou pequenas frestas. Uma forma de evitar assaltos pela retaguarda.
Não vislumbro, na nossa terra, estruturas para colmatar as necessidades logísticas de eventos que duravam mais de 24 dias por feira. Saliento, entre outras necessidades, espaços cobertos/fortificados para guarida dos organizadores/responsáveis pela feira, fiscais/cobradores de impostos, lugar para aprisionar os criminosos da feira (pelourinho)… e porque não, locais para as práticas religiosas “obrigatórias” nessa altura. A nossa capela, mesmo com o aumento da década de setenta, não daria resposta às necessidades de tantos feirantes.
Podemos alvitrar que se armavam tendas como nos acampamentos militares, mas se nos lembrarmos que eram três feiras por ano, bem calendarizadas no tempo e que se mantiveram por mais de cinquenta anos… a solução das tendas fica desmontada.
b) Não há qualquer vestígio de pedra artisticamente trabalhada nem de casas senhoriais. Se percorrermos as nossas velhas ruas não vemos vestígios de pedra embelezada que a identifiquem como pertencente a construções senhoriais. As portadas da casa da família do Sr. Manuel Domingos, situada no cruzamento das ruas do Zé Velho com a Rua da Capela, não passam de uma habilidade de um pedreiro e nada mais.
A hipótese das casas solarengas terem sido desmanchadas para, com as suas pedras, se construírem, na cidade da Guarda, novas habitações, não é descabida. Este tipo de pedra artisticamente trabalhada também não se encontra nas aldeias mais próximas, situadas a sul da cidade da Guarda. No entanto, encontram-se facilmente pedras trabalhadas nas aldeias localizadas a norte e a leste da cidade.
Será matéria para se pensar…
A primitiva casa vilamendense era térrea, muito baixa, com minúscula ou mesmo inexistente chaminé, casa com pouca luz natural (porta da rua, janelas inexistente ou uma/duas no alçado frontal). No seu interior, uma sala (recebia a luz natural da porta da rua), com ligação para a cozinha com uma pequena fresta (quando havia) e para dois ou três cubículos escuros para as enxergas cheios de palha de centeio. Tinha um pequeno curral, um cabanal, um pátio para o porco e uma corte para os animais. Ainda se encontram exemplares no Beco do António Bragança, a antiga casa do Sr. Zé Monteiro e Zé Pereira, no Beco do Forno.
c) Não há vestígios de fontenários nem de nascentes, dentro do perímetro da aldeia, capazes de garantirem água para matar a sede às centenas de visitantes. O chafariz e a fonte ao fundo da aldeia, não seriam suficientes, nem teriam depósito para garantir o abastecimento contínuo de água. Se me recordo, o chafariz é recente, pois ouvi o Sr. José Bragança, “velho”, falar da sua construção e da canalização das águas em tubagem cerâmica. Pelo que, no interior da planta do antigo casario, não há vestígios de nascentes e nem haveria lugar para as represas. E, sendo assim, só teremos a fonte, junto à casa de meus pais, para abastecer toda a aldeia. Possivelmente, haveria algumas picotas em volta das casas, como o testemunham os poços nos quintais dos “cortes” “gregórios” “tia augusta”, no “chão da fonte”...
d) O próprio local para a feira não apresenta condições físico-naturais ideais para estadas tão prolongadas. É um espaço aberto. Não há abrigos naturais capazes de defenderem os feirantes e os animais das intempéries e muito menos de assaltantes (apesar de estarem protegidos pela Lei real). Lembro que as feiras se realizavam na Páscoa, (no frio de março/abril), S. João (fins de junho) e pelo S. Miguel (29 de setembro).
A povoação de Vila Mendo não passaria, pois, de uma pequena e pobre aldeia que abrigava pobres camponeses e pastores com habitações a condizer.
Isto não significa que não tenhamos orgulho nos nossos antepassados. Nós somos filhos/herdeiros de homens que resistiram, pela sua capacidade de labuta, às intempéries, às fomes, às pestes e às guerras. Que foram capaz de rasgar a terra com a sua força bruta, para tirar o alimento. Plantaram árvores, de que os centenários castanheiros são ainda testemunhos vivos. Construíram paredes, rebentaram barrocos usando apenas simples picos e pequenos ferros. À força do braço, arroteando terrenos incultos, tornando-os em campos férteis. Não há conhecimento de crimes violentos, antes pelo contrário, os exemplos que chegaram aos nossos dias mostraram-nos que cultivaram a comunhão de esforços, a cooperação e a interajuda.
Não será, pois, o engano do grande historiador que nos irá tirar o prestígio angariado ao longo dos 2000 anos de existência. A força e o dinamismo da associação são prova disso mesmo. Mas... como pessoas de bem, devemos dar o seu ao seu dono...
Zé Domingos
21 comentários:
Parabéns,Zé Domingos, pela dissertação sobre a possibilidade de terem existido feiras francas na nossa terra natal. Como sabes, partilho da mesma opinião. A tua análise ao "casco velho" da aldeia, hoje cada vez mais descaracterizado, parece-me o argumento mais sólido desta tese. Por outro lado não existem achados arqueológicos que possam indiciar que aqui se realizassem as referidas feiras sazonais. Teriam de restar, também, alguns castros na zona envolvente ao baldio que permitissem esses tão necessários abrigos temporários durante a realização das feiras. A existência do próprio baldio é intrigante mas, per si, não justifica qualquer ilação pois no interior norte do continente há muitas situações similares.
Há, no entanto, algo que sempre me intrigou e que se prende com o próprio nome da aldeia. Porquê designar-se de "Vila"? Será que a estória dos três nobres ou cavaleiros apelidados de Mendo, Garcia e Fernando, que tantas vezes ouvimos na nossa infância, tem fundamento?
Abraço.
Não estou convencido do que afirma sempre se ouviu falar da feira
sempre se ouviu falar da feira em Vila mendo. não haver vestigios não prova que não tenha havido feira.
Zé Domingos!
Não é possível que te recordes da construção da atual casa do José Bragança. Essa casa pertenceu ao sr. Acácio mas foi adquirida à família dos inácios(ex emigrante no Brasil). Efetivamente, houve algumas obras creio que já da responsabilidade do sr. Acácio. Posteriormente sofreu obras(mais do que uma vez)de ampliação já da responsabilidade do José Bragança, elevando a antiga palheira que ficava virada para o cruzeiro.
Seria interessante este tipo de levantamento sobre a época de construção de algumas das casas mais emblemáticas da aldeia.
Abraço.
Zé Domingos: gostei do aspeto formal do teu artigo mas discordo, respeitando, do essencial do seu conteúdo que me parece estar alicerçado em meras suposições. Feiras/Mercados Medievais em Vila Mendo. Sim ou Não? Eu, acretito que sim.
Voltarei ao tema.
Abraço.
havendo ou não havendo o que interessa é continuar a dizer que sim. viva vila mendo
concordo, o que interessa é dizermos que houve feira e pronto.
Não se deve dizer "Sim" só por dizer, mas com os fortes indícios, que brevemente apresentarei, da realização das ditas Feiras na nossa terra, deveria-mos promover esse facto.
P.S.-Cristóvão Colombo está sepultado em Santo Domingo ou em Sevilha? Ambas as cidades, baseadas em estudos realizados por diversos historiadores, reclamam para si esse facto e por causa dele recebem, anualmente, milhares de turistas.
Abraço e viva Vila Mendo!
Parece que o tema está a motivar a participação dos meus ilustres conterrâneos...
Por mim deito mais algumas achas para a fogueira:
O Tratado de Alcanizes terá sido assinado nos finais do séc. XIII onde os reinos de Leão e Castela e Portugal terão acordado definitivamente as fronteiras entre si. Até à assinatura deste Tratado as terras de Riba-Côa eram disputadas por ambas as partes.
Se fizerem alguma pesquisa relativamente a esses territórios, constatarão as localidades com fortalezas, castelos, muralhas que chegaram até aos nossos dias ...e Vila Mendo nada.
Não há um simples brazão...
Feira? qual feira, isso são tudo invenções
Manuel: se fizeres uma outra pesquisa vais perceber que nessa época nem todas as localidades portuguesas eram muralhadas, ou detinham fortalezas e castelos. Por ex. a Guarda estava protegida por muralhas mas os arrabaldes, que posteriormente deram origem a outras localidades, não.
Anónimo: pelo menos podia apresentar alguma argumentação que sustentasse a sua afirmação.
Abraço.
Epa!!!
Nunca pensei gerar tanta cleuma!!!
Claro que há mais "achas para a fogueira"... mas se o contributo do Júlio vier no sentido de provar que,no entanho, Vila Mendo foi o maior centro comercial da Riba-Côa...só elevará o meu orgulho de ser vilamendense, a terra mais máscula da região (já repararam que, nas décadas de cinquenta e sessenta, nasceram mais rapazes que raparigas).
Um abraço para todos
Zé Domingos
No meu último post deixei implícito que as principais localidades pertencentes "às terras de Riba-Côa" e a nossa aldeia estaria, eventualmente, no limiar desses territórios, ainda hoje têm as "evidências" dessa mesma importância.
Júlio, todas as localidades fortificadas, com raríssimas exceções (Almeida e Elvas,...) têm uma pequena parte amuralhada que, normalmente, corresponde à zona de maior altitude. Os arrabaldes de hoje e de ontem, eram e são arrabaldes!
Pessoalmente, desde que estas discussões sejam feitas com elevação, sou 101% a favor.A argumentação só pode enriquecer-nos e, por isso mesmo, gosto que o contraditório seja exercido de forma sustentada. Os factos históricos merecem uma abordagem cuidada.
Haverá alguém que acredite que o barroco gordo apresenta aquela fenda porque a moira o deixou cair quando lhe disseram que a Sé da Guarda já estava concluída e, portanto, não era necessária mais pedra?
Abraço.
Zé: devo dizer-te que não estás a gerar celeuma nenhuma, bem pelo contrário, pois acho que fizes-te muito bem ao apresentares a tua visão sobre o assunto.
Não quero provar nada, nem muito menos ter uma prespetiva fundamentalista da questão, apenas apresentarei indícios sustentadores da minha opinião que, penso, deve ser tão respeitada como eu respeito a tua.
Concluo dizendo que não me identifico com alguma ironia, por ti utilizada,ao referires-te a este tema, nomeadamente dizendo "...maior centro comercial da Riba-Côa...", falando na "masculunidade" de Vila Mendo e quando afirmas "...que se saiba Alexandre Herculano nunca esteve em Vila Mendo...".
P.S. - Jesus Cristo, segundo se consta, também nunca nos deu o prazer da sua visita no entanto, na minha Amada Vila Mendo,praticamente todas as pessoas acreditam que ele existiu!
Abraço!
Concordo contigo, Manuel. Ainda bem que existe esta plataforma de comunicação que nos permite conversar sobre este ou outro assunto, porque infelizmente raramente o podemos fazer pessoalmente e foi ótimo o Zé Domingos ter lançado a questão. No Artigo que vou publicar refiro precisamente isso: existência de debate animado e enriquecedor,que só nos valoriza, e em que cada um apresenta os seus argumentos.
Abraço.
com feira ou sem feira vila mendo será sempre a melhor terra do mundo e arredores
Júlio, desejo calorosamente que o teu contributo sobre o tema seja convincente.
Como escrevi, em 1978, após o juramento de bandeira do meu primo Tó (Porto da Carne), fomos os dois para a casa do meu tio padre. Como ele estava a investigar o tema das feiras medievais, pediu-nos ajuda para, na biblioteca de Évora, tirarmos notas bibliográficas. Fui eu que encontrei, numa das obras que consultei, um capítulo intitulado "Feiras Tipo Vila Mendo". Devorei-o. Era do nosso Vila Mendo que se falava. A informação rapidamente se espalhou na nossa aldeia. Mais tarde, fruto de investigações académicas, aquela "verdade" começou a minar e... deu nesta reflexão.
Quando afirmo "a terra mais máscula da região" é uma verdade de "la palice", naquelas décadas, em Vila Mendo, não se aplicava a regra "um homem três mulheres" e muito menos "um homem para sete mulheres e meia." Antes pelo contrário, o que permitiu teremos marcado, naquela altura, pontos em relação às outras aldeias (sobretudo no desporto),... mas não fazíamos bailes, pois faltavam as raparigas.
Quando houver tempo falarei sobre o desporto/desportistas, em Vila Mendo na década de 70.
Aquele abraço
Zé Domingos
Zé: não pretendo convencer ninguém, quero apenas dar a minha opinião sobre o assunto e nada mais. Depois os frequentadores deste Blogue vão fazer o favor de comentar e aí haverá quem possa concordar ou discordar.
Em relação à "masculinidade" de Vila Mendo está entendido. E tens razão. Não organizava-mos Bailes, mas nas Festas da região daixava-mos o nosso "selo"...!
P.S. - "Desporto em Vila Mendo". Gosto do tema.
Depois de participar em mais uma manifestação cívica "antitroikiana" no Terreiro do Paço, em Lisboa, vi que o nosso blogue vai ter uma argumentação a favor sobre a possibilidade de terem existido feiras medievais em Vila Mendo, da autoria do Júlio Pissarra, a publicar na próxima sexta-feira. Esmera-te, Júlio! Espero que sejas convincente e tenhas feito a pesquisa indispensável ao arquivo municipal e quiçá nacional/internacional.
We Wait to see!
Um abraço.
Havia era de ser feita uma feira agora
Manuel, duas alíneas:
a) será que nos anteriores comentários, relacionados com este tema, não fui suficientemente esclarecedor? Não pretendo CONVENCER ninguém, não tenho nenhuma visão FUNDAMENTALISTA do tema, apenas pretendo sustentar a minha OPINIÃO e, acima de tudo, RESPEITO quem não pense como eu!
b) percebe-se nas entrelinhas, do teu último comentário, alguma intolerância irónica face a uma opinião antagónica da tua. Isso surpreende-me vindo de alguém que acaba de participar numa manifestação cívica, facto esse apenas possivel numa sociedade livre em que a liberdade de expressão e opinião são valores inegociáveis...
Abraço.
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