Cruzei-me com o Sr. General Pina Monteiro não mais que uma meia dúzia de vezes. A primeira aquando da morte prematura de seu irmão “Zéquita”, que Deus tenha, por se ter deslocado à nossa aldeia a fim de ultimar as exéquias fúnebres com o Sr. Padre Manuel Igreja Dinis, que aqui viera celebrar missa logo pela manhã.
Uma dúzia de anos depois, em 1986, quando frequentei o Curso Geral de Milicianos (CGM) e Curso de Oficiais Milicianos (COM) na Escola Prática de Infantaria (EPI),em Mafra, no Batalhão de Instrução comandado pelo então Sr. Major Armando Fermeiro, natural do Adão, por entre extensas escadarias e corredores com distintivos de batalhas passadas, nomeadamente “La Lys”, “La Couture”, e tantos outros de ler, reler e percorrer vezes sem conta até os pés ficarem cansados, ouvi as melhores referências ao Sr. Capitão Pina Monteiro.
Em 14 de Agosto de 1987 participava nas Patrulhas Nuno Álvares Pereira (dia da infantaria por referência ao seu Patrono, D. Nuno Álvares Pereira, e batalha de Aljubarrota) em representação do Regimento de Infantaria de Castelo Branco (RICB), quando perfilado em parada em frente ao Convento de Mafra, vi chegar a comitiva chefiada pelo Sr. General Firmino Miguel, então Chefe do Estado Maior do Exército (CEME), logo secundado pelo seu Adjunto de Campo, o Sr. Major Pina Monteiro. Chegados à tribuna, e antes de se iniciar a cerimónia, o Sr. Major distribuiu abraços e palmadas nas costas aos numerosos oficiais superiores que ali se encontravam, todos eles de patente superior: Coronéis e Brigadeiros.
Era então o Sr. Major Pina Monteiro, recente oficial superior, pessoa já muito considerada pelos seus pares.
Ainda no decorrer desse ano recebemos no Quartel de Castelo Branco a visita do Sr. General Firmino Miguel, acompanhado do seu Adjunto de Campo, Sr. Major Pina Monteiro. Na messe de oficiais trocámos dois dedos de conversa, onde necessariamente tecemos alguns comentários sobre a nossa freguesia.
A partir de então fui tomando contacto da brilhante carreira castrense pelos meios de comunicação social e familiares, sendo que há cerca de um ano comentava com o seu irmão “Bito”, no seu restaurante “O Peregrino” :
- Não fora o cargo de Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas atribuído rotativamente por entre os Chefes dos três ramos das Forças Armadas, e o Sr. General alcançaria o patamar cimeiro das Forças Armadas.
Ao que me respondeu, com inquestionável certeza:
- Ele chega lá.
E chegou. Alcançou o patamar máximo com a quebra do princípio implícito da rotatividade entre os Chefes dos três ramos das Forças Armadas, o que só por si revela a sua elevada competência e prestigio.
Parabéns Sr. General Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) e longo e profícuo mandato.
Parabéns à família que ainda há pouco tempo, no ano de 2011, viu premiado mais um dos seus nas artes das letras e poesia, com o Prémio Camões atribuído a Manuel António Pina, entretanto falecido, e que tive o prazer de conhecer numa das suas deslocações a Miranda do Douro, onde então trabalhava uma sua filha como Representante do Ministério Público.
José Eduardo
P.S. – Parabéns, também, à minha tia Ascensão (também conhecida por Assunção) que no dia 8/2/2014 perfez a linda idade de 95 anos. Registo o feito por presumir ser actualmente a mais idosa dos Vilamendenses, depois de ter sucedido a sua irmã, tia Celeste, que à data do seu decesso contava 97 anos de idade.
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