sexta-feira, 10 de julho de 2020

Entrevista a "Zé Ginja"

Guilherme José Nunes Silva- "Zé Ginja"- barbeiro. Nascido a 5 de junho de 1991, em Vila Fernando na Guarda.

Quando e porque é que decidiste dedicar-te à barbearia?
O interesse pela profissão surgiu quase de sem querer. Cortava o cabelo a um amigo meu e vice-versa. Um dia comecei por pensar que gostava de fazer isso e daí surgiu o interesse.

O nome porque és conhecido na área, resulta de quê?
O nome resulta da alcunha da minha família paterna, mais especificamente do meu bisavô que era conhecido por Zé Ginja e também barbeiro de profissão.

Inspiraste num conceito de barbearia clássica; podemos afirmar que o teu espaço é um “old school men-only barbershop”?
Sim, podemos, mas não só. Com o tempo fui-me adaptando ao que me é pedido.
Tenho alguns parâmetros, por mim estabelecidos, nos quais trabalho. Não realizo qualquer trabalho de desenho ou coloração, por exemplo. Apenas corte de cabelo e barba.

Tens alguma referência na arte da barbearia?
Tenho algumas referências, alguns portugueses e amigos, outros estrangeiros.
Posso nomear dois: Bertus (Shorem) e Salvador Rodrigues (Barberhood).

Tens algum objectivo, algum sonho a realizar no âmbito da tua profissão?
Existe sempre o sonho de querer algo mais, mas de momento não tenho nada definido, apenas umas ideias soltas...

Nascido em Vila Fernando, que memórias guardas da tua infância?
Muitas... desde atrapalhar o meu avô Carlos no quintal com a minha "inchada" amarela, aos sumos de morango que a minha avó São comprava no Sr Zé Lucas, ou de "ajudar" o meu tio Carlos Alberto no café.

As comunidades rurais, como as vês?
Acho que são essenciais. É lá que se mantém certos costumes que não se podem perder.
Não foi à toa que eu decidi deixar de viver na cidade e voltar para a aldeia, por achar que lá a minha qualidade de vida sobe bastante.

A Guarda; o que lhe falta?
Faltam algumas coisas, tais como gente jovem e dinâmica que aposte no interior e não "fuja" para as grandes cidades. O que não falta aqui são oportunidades, apenas têm que ser exploradas de outra forma.
Falta o governo e as autarquias criarem condições para que as pessoas se queiram manter aqui, com segurança monetária agregada à qualidade de vida existente.

Que te diz Vila Mendo?
Terra humilde, de gente boa e bons amigos.



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